A proposta de elaboração e aplicação de um aditivo às convenções de trabalho, autorizando o afastamento do trabalhador apenas com o laudo positivo de exame para Covid-19 foi discutida durante uma reunião nesta quarta-feira (19) com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado e representantes de entidades e associações de classe de Londrina.
Participaram do encontro representantes da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Ceal (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina), Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Norte), Sincoval (Sindicato do Comércio Varejista de Londrina), e do Sindimetal (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico).
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A medida propõe que essa ação tenha validade pré-determinada até 28 de fevereiro de 2022, e foi motivada pelo número cada vez maior de pacientes com Covid-19 que buscam as unidades de referência para obter apenas o atestado médico. A circulação da variante Ômicron, que possui maior capacidade de transmissão, tem refletido em superlotação dessas unidades, sendo a maioria dos pacientes sem sintomas ou com quadros gripais leves.
Para atender esse aumento da demanda, o secretário de Saúde anunciou, na manhã desta quarta-feira (19), a ampliação de quatro para seis unidades de referência de quadros respiratórios. A Prefeitura também oferta consultas em telemedicina, mediante agendamento no Disque-Covid (0800-400-1234), para fornecer o atestado de afastamento aos pacientes que já tem o resultado positivo para Covid-19 e não apresentam sintomas ou sinais de alerta.
O pedido apresentado aos representantes será levado para que cada entidade faça sua apreciação e, em caso de adesão, aplique e divulgue aos seus funcionários e colaboradores.
O secretário destacou aos representantes das entidades e associações que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, fará a validação dos laudos positivos para Covid-19. “Temos condições de atestar a veracidade desses exames, já que há notificação compulsória para cada resultado positivo de Covid-19, seja o teste feito na rede pública ou na rede privada”, citou.
Um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde apontou que, dentre todos os testes para detecção de Covid-19 feitos na cidade, cerca de 30% são realizados em farmácias. “Quanto maior o volume de pessoas doentes, mais profissionais de saúde são necessários. E estamos enfrentando dificuldade em repor as equipes, já que o índice de profissionais afastados também está crescendo. Por isso, creio que esta é uma alternativa simples que vai frear esse aumento da demanda por atendimentos”, complementou Machado.
A recomendação aplicada na rede municipal de saúde para a duração do isolamento é de dez dias de afastamento, contado desde o primeiro dia de sintoma, e sete dias para assintomáticos, contado a partir do resultado positivo.