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Londrina pode perder sete médicos cubanos nos próximos dois meses

13 jul 2016 às 11:02

Os contratos de sete médicos cubanos, que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Londrina, vencem entre julho e agosto deste ano. Se não forem prorrogados, os estrangeiros podem ir embora do País. Atualmente, 12 profissionais trabalham na cidade, dando suporte ao atendimento à família e prevenção de doenças.

O assunto foi discutido nesta terça-feira (12) entre os representantes da Câmara Municipal. De acordo com a vereadora Lenir de Assis (PT), a Medida Provisória (MP) 713/2016, que garante a prorrogação dos contratos por mais três anos, ainda está travada no Congresso Nacional. "Essa medida foi enviada pela presidente Dilma Rousseff (PT) antes de ser afastada", explicou. A matéria já recebeu parecer favorável da Comissão Mista, mas ainda precisa ser aprovada em plenário na Câmara e Senado. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, já defendeu a validação da proposta.


O Legislativo municipal se comprometeu a enviar uma moção de apoio ao parlamentares. "Há um grande apelo da população pela permanência dos cubanos. Todos eles atendem em postos de saúde e fazem um trabalho positivo, defendido pela comunidade", citou a vereadora.


Atualmente, os profissionais estão distribuídos nas unidades instaladas no Conjunto Armindo Guazzi, Chefe Newton e Lindoia, Jardim Tókio, Vila Ricardo e Casoni. Outros quatro têm contrato vigente até outubro e dezembro, e atuam no Conjuntos Aquiles Stenghel, Vivi Xaviver, Mister Thomas e distrito de Guaravera.

"Nossa preocupação é perder o potencial de atendimento. Isso traria um impacto muito grande, não só em Londrina, mas em todo o Brasil, considerando que há mais de 11 mil médicos admitidos pelo programa", completou. Ainda conforme Lenir, os próprios cubanos expressaram o desejo de continuar em Londrina. "Eles acreditam no potencial da cidade e no método de trabalho preventivo aplicado", finalizou.


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