A água parada em chafarizes das praças e outros espaços públicos de Londrina favorece a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti. Na manhã deste domingo (18), a reportagem do Portal Bonde flagrou o problema em um dos tanques da Praça Rocha Pombo, centro de Londrina.
O chafariz não está funcionando, mas a água da chuva acumula no local. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, a última chuva forte na cidade ocorreu no dia 22 de abril, com precipitação de 27 mm.
Funcionários da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) fizeram a limpeza na manhã desta segunda-feira (19). A limpeza do local é feita três vezes por semana com um equipamento de sucção emprestado da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema).
O serviço é feito em quatro chafarizes da cidade, localizados nas praças Rocha Pombo, Tomi Nakagawa, Nishinomiya e no calçadão.
De acordo com a gerente de Vigilância Ambiental, Mirna Germiniano, um acordo interno delegou à CMTU a responsabilidade em realizar a manutenção do local. "Nossos agentes de endemias fizeram a verificação semanal e não encontraram larvas do mosquito [no chafariz], até porque nós realizamos o tratamento da água". Ainda segundo ela, os focos estão concentrados por toda a cidade, não só no centro.
Dados do último Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde apontam que há 741 casos de dengue confirmados e 3801 notificações. Na última quinta-feira (15), a 17ª Regional de Saúde confirmou a primeira vítima fatal da doença. Maria José da Silva, 81 anos, faleceu no dia 29 de abril depois de permanecer 11 dias internada no Hospital Zona Norte.
Reivindicações
Além da água parada, os londrinenses que costumam utilizar a praça têm outras reclamações. Para o aposentado Onivaldo Batista, o piso de paralelepípedo é perigoso para quem transita por ali. "Essa calçada é de rua, pessoas de idade podem cair e quebrar a perna, como já aconteceu", diz. "Além disso, tem lixo por todo o canto, bituca de cigarro então, nem se fala".
Cacildo Procopi também utiliza o local diariamente e afirma que a água no chafariz estava acumulada há muito tempo. "Eles acham que a dengue sai da casa das pessoas, mas olha esse tanque", reclama.
Maria Aparecida de Oliveira reivindica a troca do piso, poda das árvores e patrulhamento. "Não é seguro aqui, tem gente que vem fumar maconha e nunca tem policiamento". A CMTU informou que o serviço de capina e roçagem é feito uma vez por mês e a varrição, diariamente.