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Leucemia corresponde a 25% dos casos de câncer infantil

08 mar 2012 às 14:32

Uma doença que anda tirando o sono de muitos pais e familiares, a leucemia linfoblástica aguda corresponde a um quarto dos casos de câncer na infância. Esta é a doença maligna mais comum na infância. Os sintomas são provenientes da falência medular, como a anemia, a tendência para os sangramentos e as infecções decorrentes da queda da imunidade.

"Leucemia corresponde a um grupo heterogêneo de doenças caracterizado por uma proliferação (crescimento) descontrolada de células provenientes da medula óssea", afirma o Dr. Celso Massumoto, Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e médico hemato-oncologista do Hospital Oswaldo Cruz.


Os primeiros indícios geralmente aparecem quando a medula óssea deixa de produzir células sanguíneas normais. "Os sintomas aparecem lentamente e, por isso, em uma primeira fase, a criança tem apenas febre e palidez cutânea (decorrente da anemia). Em uma fase mais tardia aparecem as manchas roxas pelo corpo desencadeadas pela queda das plaquetas", completa.


Os sintomas mais frequentes em crianças, são o cansaço exacerbado, queda do rendimento escolar, anemia (palidez cutânea) e algum quadro infeccioso que demora para se resolver, seguido do aparecimento de manchas roxas pelo corpo. "O pico de incidência da leucemia linfoblástica aguda está entre os dois e nove anos de idade", revela.


Alguns fatores contribuem para o aumento do número de crianças com esta doença. "Existem alguns fatores que predispõe o aparecimento de leucemias agudas na infância. A Síndrome de Down, a Anemia de Fanconi, a radioatividade decorrente de exposição à radiação acidental (acidentes nucleares) são alguns deles. Existem também alguns casos de exposição ao vírus Epstein Barr, relacionadas à leucemia linfoblástica aguda tipo B", afirma.


Diagnóstico e tratamento


Existem dois tipos de diagnósticos, o de suspeita e o de certeza. O primeiro é feito pelo hemograma (exame de sangue) onde é possível observar anemia, aumento do número de leucócitos e queda das plaquetas. O diagnóstico de certeza é feito pela punção da medula óssea (mielograma) onde se coleta uma amostra de um osso da bacia, onde são realizados exames complementares como a identificação exata do tipo de leucemia e um exame molecular para demonstrar se a leucemia é mais agressiva ou não e uma análise do cariótipo, que identifica os cromossomos.


Com o diagnóstico precoce, as chances para ter uma resposta positiva no final do tratamento são maiores, a cura desta patologia em crianças é de aproximadamente 80%. "A mortalidade depende da agressividade da doença. Caso o diagnóstico seja tardio haverá mais dificuldades em obter uma boa resposta", completa.


O tratamento da leucemia linfoblástica aguda é feito em fases e tem duração média de 18 meses. A primeira fase é a indução, a segunda consolidação, seguida da esterilização do Sistema Nervoso Central e a última é a manutenção.

Dr. Celso Massumoto, alerta no caso de aparecimento destes sintomas nas crianças. "Caso a criança esteja muito indisposta, com persistência de quadro febril ela deverá ser avaliada por um Hematologista", conclui.


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