A 2ª Vara do Júri de Curitiba acatou nesta sexta-feira (15) a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) contra a médica Virgínia Soares, presa por suspeita de antecipar a morte de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Geral do Hospital Evangélico de Curitiba. O pedido de denúncia foi aceito pelo juiz Daniel Avelar, que analisa o caso.
Segundo informações da 2ª Vara e do advogado de defesa da médica presa, Elias Mattar Assad, além de acatar a denúncia, o juiz conceder habeas corpus para quatro pessoas que estão presas (médicos e enfermeiros), acusadas de envolvimento com os crimes. Porém, não foi concedida liberdade para Virgínia, que deve permanecer presa.
A médica foi presa no dia 19 de fevereiro, enquanto trabalhava na UTI Geral do Evangélico. A suspeita é que ela desligava aparelhos e induzia pacientes à morte com o uso de medicamentos. A investigação feita na Polícia Civil foi realizada pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), que encerrou e entregou o inquérito ao MPPR no dia 4 de março.
A denúncia foi apresentada pelo MPPR à Justiça na segunda-feira (11). Oito pessoas foram denunciadas pelo órgão. Virgínia foi denunciada por sete homicídios duplamente qualificados e formação de quadrilha. (com informações do Repórter Rubens Chueire Jr., da Folha de Londrina).