Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Entenda

Intercambialidade: uso de diferentes vacinas contra o novo coronavírus

Jonas Valente – Agência Brasil
27 set 2021 às 21:00

Compartilhar notícia

- Fiocruz
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Algumas localidades do Brasil passaram a aplicar, recentemente, vacinas contra o novo coronavírus de marcas diferentes na segunda dose, o que é chamado tecnicamente de “intercambialidade”. As medidas geraram discussão sobre a segurança, eficácia e validade da estratégias. Saiba o que autoridades de saúde e especialistas pensam a respeito e orientações.


O Ministério da Saúde recomenda a intercambialidade de vacinas para o combate à Covid-19 somente no caso de gestantes que tomaram a Oxford/AstraZeneca na primeira dose e precisam completar o esquema vacinal.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Diante do caso de uma gestante carioca que faleceu após a vacinação com esse imunizante, o ministério suspendeu a recomendação de uso da marca para esse público e para puérperas. “Além disso, em excepcionalidades, como o caso em que não for possível administrar a segunda dose com imunizante do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência do imunizante no país”, respondeu o ministério, em nota.

Leia mais:

Imagem de destaque
Novembro azul

3 em cada 10 homens nunca fizeram nem pretendem fazer exame de toque retal, diz pesquisa

Imagem de destaque
Zona norte

Alunos da rede municipal terão atendimento oftalmológico gratuito neste sábado

Imagem de destaque
Desorganização da Saúde

Escassez de vacinas contra Covid indica falta de planejamento do governo, dizem especialistas

Imagem de destaque
Alerta da Sesa

Aumenta o número de surtos de doenças diarreicas no PR; atenção deve ser redobrada com crianças


O governo de São Paulo, um dos que fizeram uso da aplicação da segunda dose de Pfizer/BioNTech para quem havia recebido a primeira de Oxford/AstraZeneca, argumentou, em comunicado no dia 10 de setembro, que a medida tinha caráter emergencial. Acrescentou que se devia à falta de doses da Oxford/AstraZeneca e que a medida havia sido chancelada pelo Comitê Científico do governo do estado.

Publicidade


A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que atua em parceria com o consórcio Oxford/AstraZeneca para a fabricação de vacinas contra o novo coronavírus no Brasil, recomenda a intercambialidade somente “em caso de emergência”.


Segundo a instituição, não há dados sobre a duração da resposta imune com o uso de dois imunizantes diferentes. Sobre a demora para o recebimento da segunda dose, a fundação diz que estudo da Universidade de Oxford, publicado no periódico The Lancet, indicou que a primeira dose proveria eficácia de 80% por até dez meses, com a segunda dose ampliando essa proteção quando ministrada.

Publicidade


Digite aqui seu título...

De acordo com a médica pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações - e que integra grupos de trabalho sobre imunização do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro -, Flávia Bravo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e sociedades médicas admitem essa possibilidade diante de limitações na disponibilidade de doses.

Publicidade


Um documento da OMS, divulgado em agosto deste ano, sobre intercambialidade lembra que a orientação geral é de repetição das marcas na primeira e segunda doses, mas que cabe aos governos avaliarem as estratégias mais adequadas.

Publicidade


No texto, o grupo de especialistas (Sage) diz que em um cenário de dificuldade de suprimento de vacinas e diante do desafio de ampliar a imunização da população, as autoridades de saúde podem avaliar a implementação da intercambialidade.


O texto da OMS cita um estudo de dois pesquisadores de Oxford, publicado em junho deste ano, que encontrou uma resposta imunológica positiva na combinação de Oxford/AstraZeneca na primeira dose com Pfizer na segunda.


Para Flávia Bravo, esses dados sugerem que a tática pode ser sim considerada. “O posicionamento atual no meio científico, a ser considerada pelos países, sim. É claro que mais dados virão, isso chega o tempo todo. O que nós temos até agora já permitiu essa avaliação. Mas, se eu faço com as gestantes por que não faço com o restante da população?”, indaga, mencionando a recomendação do Ministério da Saúde.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo