O Hospital Infantil de Londrina realiza, neste sábado (6), um mutirão de cirurgias para remoção da fimose – a postectomia ou circuncisão. Doze crianças, com idades entre 3 e 9 anos, serão beneficiadas nesta primeira etapa do mutirão. A ideia inicial é que a ação se repita a cada duas ou três semanas, sempre aos sábados, podendo beneficiar até 150 crianças. Todos os pacientes são do Sistema Único de Saúde (SUS).
Uma equipe de oito médicos entre cirurgiões, anestesistas e residentes estão envolvidos para viabilizar as cirurgias. São eles: duas cirurgiãs pediátricas Ides Miriko Sakassegawa e Andréia Miyazaki, que também são docentes do Hospital Universitário (HU); duas anestesistas Amália Tamae Okamoto e Juliane Cavalheiro; e quatro residentes de Medicina do HU.
Duas salas cirúrgicas serão usadas simultaneamente para os procedimentos sob a coordenação da médica Ides Sakassegawa. As duas primeiras cirurgias devem começar às 7h30. As duas últimas devem terminar por volta das 13h30. As crianças operadas devem ter alta do Hospital no mesmo dia.
Espera – Um dos primeiros pacientes a serem operados aguarda há 2 anos pela cirurgia. Outro há 1 ano e meio. Os demais aguardam desde o ano passado. Entre eles, oito são de Londrina. Os outros quatro são de Prado Ferreira, Jaguapitã, Califórnia e Andirá.
163 postectomias em 2015 – O Hospital Infantil realiza, em média, 30 postectomias/mês. O que representa 18% do total de 170 cirurgias/mês realizadas no Hospital. Só neste ano, o Infantil já realizou 163 postectomias.
A fimose - É a dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande (ou cabeça do pênis) porque o prepúcio (prega da pele que envolve a glande) estreita a passagem. Quando o descolamento do prepúcio não ocorre naturalmente na primeira infância, o tratamento da fimose é cirúrgico.
O ideal é que a cirurgia seja feita na infância. Com isso, facilita a higiene do pênis, diminui o risco de inflamações e infecções do prepúcio e da glande, além de permitir relações sexuais mais confortáveis na vida adulta.