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Greve: hospitais só vão atender casos de urgência e emergência em Londrina

09 fev 2015 às 17:12

Os servidores dos hospitais Universitário (HU), da Zona Norte (HZN) e da Zona Sul (HZS) de Londrina vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (10). As direções das instituições informam que, durante a paralisação, só vão atender casos de urgência e emergência.

Os hospitais pedem para que o londrinense evite as buscas espontâneas e procure atendimento nas unidades municipais 24 horas (PAM, PAI, UPA e UBS do jardim Leonor) e nos postos de saúde dos bairros.


As instituições também vão suspender as cirurgias eletivas marcadas para os próximos dias e restringir o atendimento nos prontos-socorros.


O secretário municipal de Saúde, Mohamad El Kadri, se reuniu na tarde desta segunda-feira (9) com o promotor de Defesa da Saúde Pública de Londrina, Paulo Tavares, com o objetivo de discutir o que pode ser feito para evitar que a greve não prejudique tanto o atendimento oferecido ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.


El Kadri colocou a infraestrutura municipal à disposição da demanda dos hospitais, mas lembrou que na greve do ano passado, a restrição de atendimento nas instituições estaduais não refletiu em excesso de procura por consultas nos postos de saúde. "Só pedimos que os hospitais mantenham pessoal mínimo e os prontos-socorros abertos para atender os casos de urgência e emergência e as internações", disse o secretário em entrevista ao Bonde na tarde de hoje, logo após a reunião.


A Secretaria de Saúde também vai reforçar as escalas de plantão das unidades 24 horas e aumentar o número de funcionários nas UBS. "Os hospitais não vão deixar de receber os casos de urgência, mas o próprio Samu já recebeu o aviso para, primeiramente, fazer o encaminhamento de pacientes às unidades municipais, e optar pelas instituições estaduais somente em casos extremos", declarou o promotor Paulo Tavares.


De acordo com ele, o município, como gestor pleno dos recursos do SUS, "precisa tomar as providências necessárias" para evitar grandes prejuízos aos usuários do sistema. "É importante deixar a orientação para que o paciente não procure os hospitais durante a greve. As instituições vão priorizar os atendimentos referenciados e a busca espontânea pode complicar ainda mais a situação", destacou Tavares.


O promotor admitiu não saber a dimensão da greve dos servidores. Ele disse, ainda, que deve esperar alguns dias para analisar se será necessário entrar com alguma medida judicial para garantir o atendimento aos usuários do SUS.


Nos três hospitais estaduais, mais de mil servidores vão cruzar os braços a partir de amanhã. Os funcionários pedem pelo pagamento do terço de férias referente ao mês de dezembro e reclamam do "pacotaço" enviado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa, que prevê corte em gratificações e mudanças na previdência.

(Atualizado às 17h30)


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