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Governo de SP antecipa vacinação de todos os adultos do estado em 30 dias

14 jun 2021 às 08:34


O governo de São Paulo anunciou neste domingo (13) a antecipação em 30 dias de todo o cronograma de vacinação contra a Covid-19 no estado de São Paulo.

Segundo o governador João Doria (PSDB), até 15 de setembro todos os residentes do estado deverão ter recebido pelo menos a primeira dose.


"Com a antecipação, 7,45 milhões de pessoas com idades entre 40 e 59 anos, que antes seriam vacinadas em julho, agora serão imunizadas em junho.


"Antecipamos, portanto, em 30 dias o prazo de vacinação em São Paulo. Essa é uma grande notícia para todos os brasileiros, paulistas e residentes aqui em São Paulo com idade acima de 18 anos. Os adultos estarão vacinados até 15 de setembro", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.


"Esse é o maior avanço em toda a nossa campanha, neste momento. Quase 7,5 milhões de pessoas serão vacinadas em um mês no estado de São Paulo. O avanço é planejado com base em remessas de vacinas previstas pelo Programa Nacional de Imunização", afirmou a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula.


O calendário é baseado nas perspectivas de entregas de vacina do Ministério da Saúde.


Mas isso depende da chegada de insumos da China para a fabricação das vacinas no Brasil. A falta de matéria-prima já paralisou a produção da Coronavac e do imunizante da Oxford/AstraZeneca.


Doria aproveitou o anúncio para fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que provocou aglomerações e confusão no trânsito em São Paulo durante uma motociata no sábado (12).


"Em São Paulo, nós vamos vacinar. Aqui não é a terra da cloroquina, aqui é terra da vacina", disse, em referência à insistência de Bolsonaro no medicamento, que é ineficaz contra o coronavírus.


"Que triste é o país que tem que combater o vírus e que tem que combater também o vírus da displicência e negacionismo", acrescentou.


Devido à falta de IFA (ingrediente farmacêutico ativo), o governo Bolsonaro reduziu três vezes a previsão de doses a serem entregues em junho. Passou de 52,2 milhões para 43,8 milhões e para 39,9 milhões. Nesta quarta-feira (9), foi para 37,9 milhões.


O governador também criticou a demora do Planalto em adquirir vacinas e iniciar a campanha de imunização.


Questionado se estaria recebendo alguma ajuda de Bolsonaro no financiamento da Coronavac, Doria teceu críticas ao presidente e afirmou que a compra das vacinas pelo Ministério da Saúde, por meio do SUS, é obrigação da pasta.


"O presidente da República não ajuda São Paulo, nunca ajudou ao longo dessa pandemia, só prejudicou. E não foi São Paulo, ele prejudicou o Brasil", afirmou. "Parte desses 486 mil que perderam a vida deve-se exatamente à atitude negacionista e criminosa do presidente da República."


Segundo De Paula, cerca de 400 mil pessoas não retornaram para tomar a segunda dose da vacina. Ela fez um apelo para que as pessoas retornem e completem seu esquema vacinal, independentemente do período que tenha passado.


VEJA QUEM JÁ PODE SE VACINAR E AS PRÓXIMAS DATAS:


- 50 a 59 anos: 16 a 22 de junho


- 43 a 49 anos: 23 a 29 de junho


- 40 a 42 anos: 30 de junho a 14 de julho


- 35 a 39 anos: 15 a 29 de julho


- 30 a 34 anos: 30 de julho a 15 de agosto


- 25 a 29 anos: 16 a 31 de agosto


- 18 a 24 anos: 1º a 15 de setembro



Quem já pode se vacinar:


- Pessoas com mais de 60 anos


- Pessoas com comorbidades ou deficiência permanente (BPC) (acima de 18 anos)


- Grávidas e puérperas (acima de 18 anos)


- Metroviários e ferroviários (operadores de trem de todas as idades; outros trabalhadores com 47 anos ou mais)


- Motoristas e cobradores de ônibus


- Trabalhadores portuários e aeroportuários, aeroviários e aeronautas


- Profissionais da saúde autônomos (a partir de 30 anos)


- Transplantados imunossuprimidos, pacientes renais em diálise e pessoas com síndrome de Down (18 a 59 anos)


- Profissionais de segurança pública e administração penitenciária


- Trabalhadores da saúde que atuam na linha da frente da Covid-19, indígenas e quilombolas

- Profissionais da educação


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