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Filhos de mães obesas têm maior risco de morte prematura

14 ago 2013 às 10:26

Um estudo escocês indica que filhos nascidos de mães obesas ou acima do peso têm mais chances de morrer prematuramente por problemas cardiovasculares. Segundo a pesquisa, adultos cujas mães estavam obesas durante a gravidez têm um risco 35% maior de morrer antes dos 55 anos.

O estudo foi publicado na revista científica British Medical Journal, e é motivo para "grande preocupação", segundo os autores.


Os cientistas analisaram 28.540 mulheres que tiveram o peso registrado na primeira consulta do pré-natal e seus 37.709 filhos, atualmente com idades entre 34 e 61 anos. Uma em cada cinco mães foi identificada como estando acima do peso, com índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 29.9, e 4% foram consideradas obesas, com IMC acima de 30.


Eles verificaram que houve 6.551 mortes prematuras entre os filhos analisados, causadas principalmente por doenças do coração.


Segundo a pesquisa, o risco de morte prematura foi 35% maior entre as pessoas cujas mães estavam obesas na gravidez. Este índice foi calculado depois que outros fatores de risco foram descartados, como a idade da mãe no parto, classe social e peso do bebê.


Os resultados também revelaram que crianças nascidas de mães obesas têm risco 42% maior de sofrer ataques do coração, infarto ou angina.

Controle do apetite


A líder da pesquisa, Rebecca Reynolds, da Universidade de Edimburgo, disse que o levantamento ressalta como é importante manter um peso saudável durante a gravidez.


Ela acrescentou que mais pesquisas são necessárias para investigar as razões que explicam a maior probabilidade de morte entre filhos de grávidas obesas. Estudos anteriores mostraram uma ligação entre obesidade na gravidez, mudanças no metabolismo infantil e dificuldades de controlar o apetite das crianças.

O professor Sir Stephen O'Rahilly, da Universidade de Cambridge, alerta que a obesidade pode passar de geração em geração. "Pessoas obesas têm mais chances de sofrer de problemas cardiovasculares. Então é muito provável que, neste estudo, filhos de mães obesas eram mais gordos do que os de mães magras".


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