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Fígado pode ser protegido do consumo de álcool; cientistas explicam

12 ago 2016 às 15:13

Fim de semana chegando e o cansaço já está batendo na porta. Para relaxar nesses dias, a melhor aposta de muitos é uma cervejinha ou aquele drink. Mas todo mundo também sabe que o consumo de bebidas alcoólicas a longo prazo, pode sobrecarregar a saúde de um órgão importante.

O fígado, além de ser o segundo maior órgão do corpo humano, exerce funções essenciais no sistema digestório para garantir o equilíbrio do organismo.


Entre essas funções, está a de armazenar glicose vinda do bolo alimentar, sintetizar o colesterol, produzir proteínas nobres, mas principalmente, promover a desintoxicação do organismo.

- O que acontece com o álcool no corpo?


Todo o álcool que ingerimos é metabolizado pelo fígado. Nesse processo, o órgão gera substâncias tóxicas, capazes de inflamar o fígado. Caso essa inflamação persista, nascem cicatrizes, aos quais é dado o nome de fibrose. Nesse contexto, se vê nascer a hepatite alcoólica, uma doença hepática que, se estendida, causa a famosa cirrose, que pode ser fatal.



A comunidade médica não entende por completo como o problema da hepatite alcoólica se desenvolve. Porém, cientistas descobriram um modo de "reorganizar" o funcionamento do fígado para que todos esses danos sejam prevenidos e que todos os efeitos já causados possam ser tratados.


Acredita-se que um dos motivos pelos quais a bebida alcoólica seja tão nociva ao fígado seria a queda dos níveis do antioxidante glutationa (GHS), que leva à produção de radicais livres em excesso, prejudicando o fígado através do processo de estresse oxidativo.


Mas pesquisadores japoneses e americanos realizaram um experimento que mostrou uma conclusão diferente através do organismo dos ratos.


O DNA desses animais era manipulado até que produzissem só 15% de GHS que é encontrada em um fígado normal do rato. Esse mesmo rato então, passou um período de 6 semanas consumindo álcool todos os dias.


Houve o estresse oxidativo de fato, mas seu efeito não foi o esperado, já que ele exerceu um efeito protetor à saúde dos ratos ao invés de prejudicá-la. Os ratos com GHS de menor nível apresentaram fígados mais resistentes ao processo chamado de esteatose - acúmulo de gordura no órgão - um dos principais sintomas da hepatite alcoólica.


Observou-se ainda que o nível reduzido de GHS aliado à uma determinada enzima ajuda a regularizar os gastos de energia e, consequentemente, a queima de gordura pelo corpo.


Através desse trio composto pelo GHS, o estresse oxidativo e a presença de gordura no fígado, estudiosos pretendem desenvolver medicamentos eficazes contra o mal da Doença Hepática Alcoólica e as relações entre cirrose e morte causadas pelo consumo de álcool.


Portanto, até que todas essas questões tenham resposta, "relaxe" com moderação.

(Com informações do site Super Interessante)


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