Termina nesta sexta-feira (25) o período de avaliação de 2.200 profissionais do Mais Médicos que têm diplomas estrangeiros. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, antes de começar o trabalho eles vão passar uma semana na capital do estado onde atuarão. Os profissionais tiveram três semanas de aulas de português e de saúde pública, com ênfase no modelo do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os médicos terão os registros emitidos pelo Ministério da Saúde que, depois da sanção da Lei do Mais Médicos, ficou com a atribuição que antes era dos conselhos regionais de Medicina (CRMs). Segundo Padilha, o Ministério da Saúde também vai recolher nos CRMs a documentação dos médicos da primeira etapa do programa, que estão nos municípios de atuação, já receberam a primeira bolsa e que ainda não começaram a trabalhar por falta de registro, para que a pasta possa emitir o documento. "Nós tínhamos quase 200 médicos que já estavam nos municípios, tinham passado pela avaliação. estavam juntos com a equipe, mas não estavam podendo fazer o atendimento pleno, exercer plenamente a medicina atendendo aos pacientes." disse o ministro.
Em decorrência de alteração na Lei do Mais Médicos, sancionada esta semana, o Ministério da Saúde publicou na edição de ontem (24) do Diário Oficial da União a lista de 650 profissionais intercambistas que tiveram registro único para o exercício da medicina concedido pela pasta. Segundo Padilha, a partir da publicação, os profissionais já podem exercer a medicina nos locais para onde foram designados.
Para o ministro, o Mais Médicos vai fazer algo além de levar médicos às regiões carentes. "[O programa vai trazer] outras mudanças, vai ajudar a mudar a mentalidade que ainda existe nos SUS de que a saúde só se faz em hospitais de altíssima complexidade, de que a saúde só se faz em hospitais. Ele vai fortalecer cada vez mais aquilo que é muito importante para os tipos de doença que temos no Brasil, que é a atenção básica à saúde, a saúde lá perto de onde a pessoa vive"
Conforme balanço do ministério, 1.232 médicos já estão trabalhando no programa, sendo 748 brasileiros e 484 com diplomas do exterior e registro provisório. Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagas pelo governo federal. As prefeituras pagam a moradia e alimentação.