O verão, com muito sol e temperaturas elevadas, aumenta o afluxo de pessoas aos locais de banho. "Milhões de brasileiros lotam as piscinas dos clubes, praias de mar, rio e lagoa, e devem se precaver dos efeitos da otite externa, infecção que provoca dor, coceira, secreção e dificulta a audição", observa o médico otorrinolaringologista Paulo Roberto Lazarini, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO).
O primeiro cuidado, recomenda o especialista, é não usar hastes flexíveis com algodão na ponta para limpar o ouvido, porque podem machucá-lo, ou, ainda, remover o cerume, substância protetora para as nossas orelhas. Seque-o com uma toalha de banho ou um lenço de papel após nadar.
Relata ainda que devem ser evitados banhos em águas poluídas ou que não tenham sido avaliadas por um órgão público ligado ao meio ambiente e à saúde. "Dê preferência a praias com avisos que comprovem sua balneabilidade, em lugar de se arriscar em balneários sem garantia de qualidade da água."
Lazarini propõe que pessoas com tendência a ter otites no verão utilizem protetores de ouvido à base de silicone para evitar que o conduto auditivo externo fique molhado, pois, ao secá-lo, podem ocorrer pequenas lesões, 'abrindo a porta' para bactérias e fungos.