O verão começará oficialmente no Brasil no próximo dia 21 de dezembro. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) o período requer cuidados com a saúde para que seja mantida a qualidade de vida até a próxima estação.
Cada indivíduo reage de maneira diferente ao calor. No caso dos idosos, a geriatra e vice-presidente da SBGG, Maria Alice Toledo, esclarece que esta parcela da população pode apresentar menor capacidade de se adaptar à elevação dos termômetros devido ao processo de envelhecimento, o que justifica a necessidade de maior atenção à saúde para evitar problemas como a desidratação e a hipertermia.
Essa última condição, também denominada popularmente como insolação, ocorre quando a temperatura do corpo fica acima de 37,4 Cº, 1.4 a mais do que o normal, que está em torno de 36 Cº.
Entre as alterações no organismo que ocorrem com o envelhecimento, a geriatra destaca a redução da sensação de sede; bem como na percepção do calor e na capacidade de eliminar o calor do corpo (termólise).
Usufrua do verão com saúde e qualidade de vida na velhice.
Riscos & recomendações
De acordo com Dra Maria Alice os sinais clássicos de complicações do calor como a desidratação são lábios e língua secos e diminuição da quantidade de urina.
Podem também ocorrer alterações de comportamento (agitação ou apatia; confusão mental), dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar. Os sintomas de alerta para hipertermia são contraturas musculares, náuseas, vômitos, dor de cabeça, fraqueza, tonturas ou até convulsões.
As recomendações são mover a pessoa para um lugar fresco, de preferência com ar condicionado; deitá-la para que repouse, remover roupas apertadas e desconfortáveis; oferecer água se a pessoa estiver consciente e procurar imediatamente ajuda médica.