Quem for tomar a primeira dose contra a Covid-19 na cidade de São Paulo, só saberá o fabricante da vacina no momento da aplicação da dose.
O anúncio foi feito pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta quarta (28). Assim, não será mais informado o tipo do imunizante para quem estiver na fila ou buscar essa informação junto aos funcionários, como vinha sendo feito.
"Quando as pessoas chegarem nos nossos quase 700 pontos [de vacinação] não haverá informação de qual vacina tem ali, com exceção da segunda dose", disse o prefeito.
Esse foi o jeito encontrado pela Prefeitura de São Paulo para punir os "sommeliers da vacina". O prefeito explica que todas as pessoas que chegarem aos postos farão um cadastro e somente no local da vacinação será informado qual dose será aplicada. "Naquele momento, se ele se recusar já teremos o cadastro e aí ele vai para o fim da fila".
O decreto regulamentando o novo procedimento deve ser publicado no Diário Oficial da Cidade nesta sexta (30), quando a medida começa a valer, segundo Nunes.
Nesta terça-feira (27), o prefeito sancionou lei que pune com o fim da fila os moradores que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19 devido à fabricante do imunizante, conhecidos como "sommeliers de vacina".
A punição foi proposta por um grupo de vereadores e aprovada na Câmara Municipal.
A partir de agora haverá um protocolo de vacinação diferenciado para os que se recusarem a tomar a primeira
dose da vacina disponível nos postos de saúde.
A medida não vale para grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz há menos de 45 dias) e para pessoas com comorbidades.
Os "sommeliers de vacina" serão incluídos novamente no programa depois do término da imunização dos demais grupos. Eles deverão assinar um termo de recusa, que será anexado ao cadastro único do paciente na rede municipal de saúde.