Um levantamento feito pela Secretaria Estadual da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (18), mostrou que entre 2010 e 2015 houve aumento de 30% nos pagamentos de internações hospitalares - passando de R$ 850 milhões para R$ 1,1 bilhão.
"O mais importante é que as internações estão concentradas em hospitais estruturados, com profissionais e equipamentos adequados para o atendimento", afirma o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. "Os leitos que foram fechados no Paraná se concentravam em hospitais de pequeno porte, que não tinham capacidade de atendimento por não manter equipes qualificadas e estrutura adequada para a função", explicou Caputo.
Segundo técnicos da secretaria, o fechamento de hospitais psiquiátricos foi outro fator que determinou a perda de leitos no Estado. O fechamento foi fruto da reforma da política de saúde federal, que preconiza o tratamento de saúde mental em atendimento ambulatorial, principalmente em Centros de Atenção Psicossocial (CAPs).
Unidades de Saúde
O secretário Michele Caputo explicou que com a organização da rede assistencial, a Secretaria de Estado da Saúde investiu na construção de Unidades da Saúde da Família e na estruturação dessas unidades, inclusive com o repasse de recursos para custeio das equipes. "Essa estratégia garante acesso ao atendimento de saúde mais próximo de onde as pessoas vivem e evita que a população procure os hospitais para situações de baixa complexidade", diz Caputo Neto.
Mais leitos de UTI
Além dos investimentos feitos na Atenção Primária, porta de entrada do Sistema Único de Saúde, o Governo do Estado vem investindo fortemente nos hospitais públicos estaduais assim como nos hospitais públicos municipais e filantrópicos para ampliar atendimento.
De 2011 a 2015, o Paraná ampliou a oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva em todas as regiões do estado, oferecendo mais 538 leitos de UTI pelo SUS. O grande diferencial foi a descentralização do atendimento.
"Em 2010, a oferta de leitos de UTI estava concentrada na capital e nos grandes centros urbanos. Atualmente, o Paraná não tem vazios assistenciais e só é necessário transferir pacientes em momentos de grande sobrecarga do sistema", diz o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde, Paulo Almeida.
Mais de mil
Ele ressalta que a ampliação da oferta de leitos qualificados no Paraná tem sido preocupação permanente do Governo do Estado. Entre 2016 e 2018, a secretaria Estadual da Saúde projeta que entrarão em funcionamento no Estado mais de mil novos leitos hospitalares nas regiões de Londrina, Ivaiporã, Telêmaco Borba, Guarapuava, Cascavel, Umuarama, Toledo, Paranavaí, Maringá e Curitiba.