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Doenças do coração lideram mortes no Brasil

20 out 2011 às 18:48

As doenças cardiovasculares, que afetam o coração ou os vasos sanguíneos, são responsáveis por 33% das mortes no Brasil, sendo a principal causa de óbito no país. A conclusão é de um estudo divulgado no último mês de setembro pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O relatório mostra que as doenças não transmissíveis são muito influenciadas por fatores de risco comportamentais da população, como o fumo, falta de atividade física, consumo de álcool e alimentação pouco saudável.

Por se tratarem de problemas silenciosos, com poucos sintomas, as doenças cardiovasculares se tornam ainda mais perigosas. Por este motivo, os exames de rotina e os check-ups se tornam, cada vez mais, necessários. "São nestes exames que o médico irá determinar o risco cardiovascular, isto é, o risco que esta pessoa apresenta de sofrer um ataque do coração ou um acidente vascular cerebral (AVC). Será nesta consulta e através da confirmação por exames e testes complementares que será diagnosticada ou afastada a presença de doenças que podem ser controladas de forma a diminuir as chances de ocorrer um evento mais grave", explica o cardiologista e professor da Faculdade Inspirar, Alexandre Manoel Varela.


Para piorar este quadro, pesquisas, realizadas no ano passado, apontam que apenas um terço da população brasileira realiza check-ups anuais. A baixa procura por este exame de rotina se deve a falta de informação da população, mesmo com iniciativas governamentais e, até mesmo, privadas que despertam a necessidade de se verificar, de forma regular, aspectos clínicos, como uma simples medição da pressão arterial. Segundo Alexandre Manoel Varela, o principal motivo para que as pessoas procurem um médico é, infelizmente, a existência de algum sintoma ou ocorrência de alguma doença grave. "Na maioria das vezes o primeiro sintoma é a ocorrência de algo grave como um infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. E aí já é tarde. O dano já foi causado e muitas vezes são irreparáveis e podem deixar sequelas terríveis", detalha o especialista.

Além dos cuidados já conhecidos, como uma dieta balanceada, prática de exercícios físicos regulares e repouso adequado com 6 a 8 horas de sono diários, o cardiologista revela que os exames de rotina e check-ups devem se iniciar ainda na infância, com exames, determinados pelo pediatra, referentes principalmente aos quadros de hipertensão arterial e diabetes. "Os jovens, com idade entre 20 e 30 anos, deveriam fazer consultas regulares a cada dois anos e sempre que forem iniciar a prática de alguma atividade esportiva de forma regular. Já na fase adulta, o ideal é que até os 40 anos se faça ao menos uma vez ao ano uma visita ao cardiologista e após esta idade, pelo menos a cada seis meses. Desta forma, o médico pode detectar qualquer alteração em uma fase muito precoce o que é importante para o controle de futuras ocorrências", completa (com Lide Multimídia – Assessoria de Imprensa).


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