Notícias

CRM se diz preocupado com condenação pública de médicos

27 fev 2013 às 13:07

Após a quebra do sigilo do inquérito policial, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) divulgou uma nota sobre a investigação de mortes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUE).

No documento, assinado pelo presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley, o órgão afirma que, tão logo tenha acesso ao conteúdo dos autos, dará andamento à sindicância já aberta e irá avaliar o caso com critério técnico, serenidade e imparcialidade, à luz da ética e da ciência.


De acordo com a entidade, o trâmite será em caráter sigiloso por força do Código de Processo Ético-Profissional, respeitando a confidencialidade dos dados dos pacientes e oportunizando a ampla defesa. "Este Conselho reitera que em nenhum momento recebeu denúncia envolvendo os fatos, inclusive das pessoas que ora se manifestam. Da mesma forma, não foi cientificado previamente e nem teve acesso à fase investigatória promovida pelas autoridades competentes, tendo tomado conhecimento do caso apenas através da versão veiculada pela imprensa", diz trecho da nota.

Confira os outros trechos do documento:
1) A preocupação com a condenação pública que se estabeleceu sem que, à luz do contraditório, os envolvidos sejam realmente avaliados e julgados por quem de direito;
2) A confiança no corpo clínico da instituição, que durante décadas luta pelo bem-estar de toda a sociedade paranaense;
3) A necessidade de se preservar a história do Hospital Evangélico de Curitiba, que é referência em diversas áreas, sendo fundamental sua participação, sobretudo, no atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde de nosso Estado;
4) O respeito à classe médica que, apesar das adversidades e com sua postura ética, reafirma o compromisso com a vida no cotidiano de suas ações;
5) O respeito aos pacientes e seus familiares, de acordo com os preceitos do Código de Ética Médica; e
6) A necessidade de cautela e responsabilidade na divulgação dos fatos, evitando sensacionalismo e o estado de insegurança que possam incorrer em generalizações, reacender sofrimentos e comprometer a relação médico-paciente.


Continue lendo