A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Planos de Saúde, instaurada na tarde da última terça-feira (7) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), vai investigar a atuação das empresas que prestam serviço de saúde complementar no estado.
A CPI foi criada após uma sugestão da Comissão de Defesa do Consumidor, presidida pelo deputado Leonaldo Paranhos (PSC), e é resultado de uma reivindicação da Associação Médica do Paraná (AMP), do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR) e do Sindicato dos Médicos (Simepar).
Segundo o assessor jurídico de Paranhos, Cesar Tuponi, os parlamentares começaram a perceber que as resoluções da Agência Nacional de Saúde (ANS) não eram cumpridas e, por isso, resolveram agir. "A comissão tentou contato [com as empresas] individualmente, solicitando uma resposta às reivindicações, mas o retorno não foi satisfatório", afirmou.
De acordo com ele, há um temor de que, em breve, os profissionais não tenham mais interesse em atender pelos planos de saúde. "Começamos a ouvir muito a palavra descredenciamento. Atender pelos planos passou a ser desvantajoso para os médicos. É possível que, num curto período de tempo, apenas os profissionais recém-formados queiram se credenciar".
O assessor disse ainda que a comissão já recolheu bastante material para dar prosseguimento às investigações e que agora resta saber que providências serão tomadas em relação ao caso.
Além de Paranhos, fazem parte da CPI os deputados Anibelli Neto e Luiz Eduardo Cheida (PMDB); Mauro Moraes (PSDB); Douglas Fabrício (PPS); Péricles de Mello (PT) e Adelino Ribeiro (PSL).