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Comportamento violento pode ser identificado na infância

14 jun 2011 às 14:41

O impacto do desenvolvimento cerebral na possível formação de um indivíduo violento será um dos principais temas em debate durante o 7º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, realizado entre os dias 15 e 18 de junho, em Gramado (RS). Em pauta, pesquisadores brasileiros e do exterior abordarão vários aspectos relacionados à violência, incluindo visões de criminologistas, genética do comportamento violento, interação entre gens e ambiente e avanços da neurociência sobre como entender comportamentos sociais e anti-sociais.

Além disto, temas de alta relevância como avanços no entendimento da dependência a drogas de abuso e sua relação com comportamento violento, capacidade cerebral de formar ou não laços de empatia e a trajetória de desenvolvimento cerebral desde a infância em indivíduos violentos serão abordados de forma a alimentar o debate sobre prevenção da violência.


O psicólogo e criminologista Adrian Raine, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, estará no evento e contará sua experiência com criminosos e o trabalho realizado nas principais penitenciárias do mundo. Raine, junto com outros especialistas, poderá traçar um paralelo entre a violência praticada em outros centros com alguns episódios emblemáticos ocorridos no Brasil como o massacre em Realengo, no Rio de Janeiro (RJ), e o caso Isabela Nardoni, em São Paulo (SP). Este autor mostrará ainda dados inéditos e outros recém-publicados sobre a trajetória de indivíduos violentos, desde a infância, mostrando o quanto a ciência tem avançado na identificação de pessoas com risco maior de apresentar comportamentos violentos.


O Professor Giacommo Rizzolatti, da Universidade de Parma na Italia, um dos descobridores dos ‘neurônios espelho’, estará mostrando como estes neurônios permitem a formação de laços de empatia, cruciais para o funcionamento em sociedade e para o evitamento de atos de agressão.

As novidades sobre o tema violência serão apresentadas no dia 15 de junho e comandadas pelo presidente do Congresso, o psiquiatra Pedro Lima, juntamente com o diretor científico do evento, o neurologista André Palmini, que projeta as atrações do debate: "Teremos cinco pesquisadores cujas áreas de interesse têm claras interfaces com a questão da violência. O professor Peter Kalivas, dos EUA, também dará sua contribuição no trabalho sobre a relação do universo ligado às drogas com a memória e o quanto isto contribui para comportamentos anti-sociais", ressalta Palmini (com Tino – Projetos em Comunicação).


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