A Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Londrina (UEL) funciona em um prédio de 50 anos. A cada dia que passa, a situação fica pior no espaço. Na segunda-feira (4), parte do forro do prédio caiu após forte chuva. Ninguém ficou ferido, mas documentos foram perdidos. A deterioração da estrutura incomoda alunos, professores e, principalmente, pacientes. O atendimento é prejudicado pelos percalços. O mais preocupante é que o Governo do Estado já admitiu que não tem dinheiro para continuar com as obras da nova sede.
O prédio começou a ser construído no campus da UEL durante governo de Roberto Requião (PMDB). Foram investidos R$ 5 milhões na obra, que segue inacabada. A negativa de envio de mais recursos, por parte do atual governo, fez com que a direção do consultório procurasse o Governo Federal atrás de dinheiro. "Enviamos o projeto para o Ministério da Saúde há cerca de um mês", contou o diretor da Clínica Odontológica, José Roberto Pinto, em entrevista à rádio CBN Londrina. O espaço precisa de pelo menos R$ 14 milhões para concluir as obras.
Ele espera que os deputados federais da região de Londrina acompanhem o pedido de perto em Brasília (DF).
Vale lembrar que o Ministério Público também monitora a situação da clínica. O promotor de Defesa da Saúde, Paulo Tavares, pediu levantamentos detalhados do problema e estuda entrar com uma ação judicial contra o Estado, exigindo que o poder público repasse verba para o consultório. "Se a situação continuar como está, o espaço pode ser interditado", lamentou Pinto.