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SAÚDE

Cirurgia traz esperança para mulher com câncer que deseja engravidar

Micaela Orikasa - Grupo Folha
18 abr 2022 às 10:55
- Marcelo Andrade/Divulgação
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Uma técnica cirúrgica inovadora, desenvolvida em Curitiba, vem ganhando a atenção de pacientes e cirurgiões oncológicos ao redor do mundo. A cirurgia de transposição uterina foi estudada e realizada pelo médico Reitan Ribeiro em 2015. Desde então, vem abrindo um caminho de esperança para as mulheres que estão em tratamento de câncer na região pélvica.


Durante as sessões de radioterapia para tratar tumores de intestino, no canal anal ou em outros órgãos localizados abaixo do abdômen, as mulheres são expostas a radiações ionizantes que danificam o DNA das células de tumor.

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“Essas células morrem por não conseguirem mais se reproduzir. Por ser na região da pelve e atingir órgãos como o útero, o tratamento leva à infertilidade. Essa cirurgia que estamos fazendo, ainda em caráter experimental, é uma forma de preservar o útero, as trompas e os ovários do dano que a radioterapia causa”, explica o cirurgião oncológico.

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Para evitar danos ao útero, o cirurgião realoca o órgão junto com as trompas e os ovários. “O útero fica estruturado na parede do abdômen para que as pacientes realizem a radioterapia. Após as sessões que duram dois meses, em média, voltamos o útero no lugar, em uma nova cirurgia”, diz. No procedimento, o colo do útero é conectado ao umbigo, que será o novo canal para a liberação da menstruação e da secreção fisiológica do colo (muco).


Ribeiro se dedicou ao desenvolvimento da técnica por cerca de um ano e meio. Ele atua no Instituto de Oncologia do Paraná e no Hospital Erasto Gaetner (instituição de saúde com foco no tratamento clínico e cirúrgico de pacientes com câncer e doenças oncológicas), onde foi realizada a primeira intervenção a partir desta técnica.


Continue lendo na Folha de Londrina.

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