Cientistas da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, encontraram indícios de que a homossexualidade em diferentes espécies possui uma certa "vantagem" evolutiva. O estudo foi feito com base na observação de um grupo de moscas em laboratório.
Estudos anteriores já haviam provado que a homossexualidade tem relação com fatores genéticos. O que os cientistas não sabiam é o motivo biológico para isso. Afinal, indivíduos do mesmo sexo não conseguem se reproduzir, o que deveria ser considerado como uma "falha" evolutiva e rapidamente corrigida pelo processo de seleção natural.
Então, por que a homossexualidade persiste em mais 1,5 mil espécies (incluindo a humana) ao longo de gerações? A equipe de pesquisadores britânicos isolou um grupo de moscas, de ambos os sexos, e observou atentamente a incidência de relações homossexuais entre eles.
Os mais de 2.320 testes mostraram que, quando os machos que já haviam se relacionado com outros machos fecundavam uma mosca fêmea, eles passavam adiante um fator genético que resultava em um aumento de fertilidade. Desse modo, os cientistas descobriram que moscas "gays" tinham descendentes mais férteis do que gerações passadas.
Foi possível concluir, então, que a homossexualidade funciona como um mecanismo da natureza para manter as taxas de fecundidade altas em certas espécies. O estudo ainda não é conclusivo, já que os cientistas não conseguiram determinar o gene exato que exerce essa função nas mosas. Os resultados, porém, podem servir de base para novas pesquisas na área.
(Fonte: infoexame)