Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (7), mostra aumento de novos casos semanais de Srag (síndrome respiratória aguda grave) em todas as regiões do país.
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Há distinções, no entanto, em relação aos vírus respiratórios. Na região Centro-Sul prevalece a Covid-19. Já nas regiões Sudeste e Sul, além da Covid, há um quadro de influenza (o vírus da gripe). No Norte e no Nordeste o destaque também é o crescimento da influenza, principalmente entre adultos.
A análise é de dados da semana de 25 de fevereiro a 2 de março, com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe.
Segundo a Fiocruz, o cenário mostra que o vírus sincicial respiratório (VSR) voltou a aparecer e afeta crianças pequenas e idosos.
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta para o crescimento do vírus sincicial. "Vemos o aumento desse impacto principalmente em crianças pequenas, de até dois anos, mas sabemos também que os idosos têm um risco de vir a falecer por conta do VSR", diz. Ele recomenda atenção para essas duas faixas etárias.
O VSR circula em todas as regiões do país, o que pode estar associado à volta às aulas. Ele é o principal causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa, cujos principais sintomas são tosse alta e falta de ar.
Em 2024 já foram notificados 13.636 casos de Srag, sendo 5.285 (38,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) negativos e 1.955 (14,3%) aguardando resultado laboratorial.
Entre os casos positivos do ano, há os seguintes dados: influenza A (9,3%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (11,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (68,6%).
O número de mortes chegou a 968. Entre os casos de morte com resultado positivo para algum vírus respiratório, tem-se influenza A (3,8%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (0,9%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (92,6%).
VACINA E MÁSCARA
Em relação à Covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacina é uma das principais ferramentas de enfrentamento. Há também a recomendação de uso de máscaras (N95 e PFF2). Elas diminuem o risco de contrair vírus respiratório, principalmente nas unidades de saúde que, no momento, recebem muitas pessoas infectadas.
Outra recomendação é a procura por atendimento médico nos casos em que aparecem sintomas parecidos com resfriado, especialmente nos casos das pessoas que fazem parte dos grupos de risco.
Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade por Srag mantém o padrão de maior impacto entre crianças pequenas e idosos.