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Cardíacos precisam de cuidado redobrado com a dengue; Londrina teve aumento de mortes

28 mar 2024 às 18:29

A secretaria municipal de Saúde confirmou nesta semana mais três mortes em decorrência de dengue. As vítimas fatais foram dois homens, de 50 e 80 anos, e uma mulher, de 76 anos. Todos tinham doenças pré-existentes do coração. Dos 16 óbitos por dengue neste ano em Londrina, nove os pacientes possuíam doença cardíacas, como hipertensão, cardiopatia e insuficiência. Ou seja, 56% do total de falecimentos.


Isso faz com que além da dengue em si, pessoas com doenças do coração também tenham que se preocupar com o tratamento que já fazem para os males que atingem um dos principais órgãos do corpo humano. O cardiologista Laercio Uemura explica que pessoas com insuficiência cardíaca, por exemplo, precisam tomar cuidado com a desidratação, mas também com a hidratação excessiva. “O principal tratamento contra a dengue é a hidratação. Mas como esse paciente tem a função do coração diminuída, repor um volume grande de água pode descompensar o coração”, detalha.


Pacientes que já tiveram infarto e fizeram angioplastia coronária e usam ácido acetilsalicílico – aspirina -, para “afinar” o sangue”, também demandam de atenção redobrada. “Dependendo da fase em relação a infarto, a pessoa ainda utiliza outros medicamentos que inibem a ação das plaquetas. Na dengue as plaquetas diminuem, somado aos remédios, aumenta o risco de sangramento desse paciente”, destaca.


Por outro lado, suspender os medicamentos pode deixar o doente mais exposto a quadros de infarto e angina. Por isso, o especialista indica que o correto é fazer acompanhamento. “Os pacientes com cardiopatia têm probabilidade maior de formas mais graves da dengue. Quem tem insuficiência, boa parte precisa internar quando tem dengue para avaliar o quanto pode receber de soro. Quem utiliza aspirina, só o médico pode orientar”, pontua. “O melhor caminho é prevenir e evitar a dengue”, frisa.


O médico afirma que a dengue promove uma complicação de forma direta no coração é mais difícil. “A dengue levar à inflamação do coração, miocardite, é pouco frequente, somente em casos graves”, comenta.


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