Uma campanha de prevenção e orientação sobre o câncer de mama acontece nesta terça-feira (27) na Boca Maldita, no centro de Curitiba, na data em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Mama. Voluntários e profissionais da saúde estão tirando dúvidas e distribuindo cartilhas com informações sobre o tema.
A ação, que começou às 8h, é realizada pela Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com o Instituto Humanista de Desenvolvimento Social (Humsol) e a deputada federal Cida Borghetti, autora da lei que criou a data.
O objetivo é estimular mulheres com 50 anos ou mais a fazer a mamografia de rastreamento – o exame de raio X que detecta alterações nas mamas imperceptíveis ao toque ou ao exame visual.
"Nossa expectativa é que o evento tenha repercussão, senão igual, ao menos semelhante ao que houve no Outubro Rosa", diz Rosilei Antonievicz, coordenadora do programa da Secretaria Municipal da Saúde Mulher Curitibana para diagnóstico e atenção ao câncer de mama. Em outubro, mês dedicado à divulgação da importância do exame para a redução de óbitos pela doença, a procura cresceu 22% na rede municipal de saúde.
De 5.817 exames realizados em setembro, esse número saltou para 7.058 – apesar do crescimento, praticamente metade das 14 mil radiografias que a rede pública oferece todos os meses. Em dez meses foram feitas 53.551 mamografias. Na rede municipal de saúde, a exame é grátis e sem fila de espera. Basta procurar a unidade de saúde mais perto de casa (veja os endereços no site da Prefeitura) e pedir para agendar a radiografia.
Exame - As mulheres a partir de 50 anos concentram 59% do número de casos da doença, que é a primeira causa de mortalidade feminina por neoplasias – daí a convocação desse segmento para o exame de rastreamento. Mulheres em outras faixas etárias também podem e devem fazer esse exame na rotina de acompanhamento clínico, desde que tenham casos na família.
A estimativa de incidência projetada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) da doença em Curitiba para 2012 é de 730 novos casos – uma taxa média de incidência de 67 casos novos por 100.000 mulheres. Em 2011 foram registrados 210 óbitos femininos por câncer de mama na cidade, correspondente a um coeficiente de mortalidade de 22,9 por 100.000 mulheres. O cálculo é do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde.