No último sábado (1º), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou uma atividade extraordinário em prol da mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a paralisia infantil. Sete Unidades Básicas de Saúde de Londrina (UBS) e a Policlínica Municipal abriram, das 9h às 17h, para receber os pais que ainda não tinham levado as crianças de 12 meses a menores de 5 anos para a imunização.
Segundo os dados atualizados da SMS, somente durante o sábado, foram aplicadas 1.431 doses de vacinas, sendo 963 delas referentes à campanha, ou seja, foram vacinadas 467 crianças contra o sarampo e aplicadas 496 doses contra a paralisia infantil. As demais doses referiram-se à imunização contra outras doenças pertencentes ao calendário vacinal.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, desde o início da campanha em 6 de agosto até o momento, foi possível imunizar 20.955 crianças contra o sarampo, o que representa 80,16% do público-alvo atingido. Com relação à paralisia infantil, foram aplicadas 21.027 doses, atingindo 80% das crianças na faixa etária necessária para a vacinação.
"Os números estão abaixo do esperado. Nós trabalhamos durante toda a campanha para atingirmos 100% do público-alvo e senão fosse possível, pelo menos, 95%. Abrimos as unidades de saúde em dois sábados diferentes, visitamos todas as escolas da rede municipal e disponibilizamos as doses em todas as UBS e mesmo assim conseguimos atingir 80% do público-alvo. Não adianta o poder público disponibilizar as vacinas, se os pais e responsáveis não se conscientizarem da importância de imunizar as crianças", explicou Machado.
Em Londrina, ao todo, são 26 mil crianças dentro da faixa etária indicada pelo Ministério da Saúde (MS). Destas, a meta era imunizar ao menos 95% do público-alvo e como não foi possível atingi-la, a campanha de vacinação continuará por duas semanas, até o dia 14 de setembro. Assim, os pais e responsáveis terão mais tempo para levar seus filhos até a UBS mais próxima de sua residência.
Porém, a partir de agora, os profissionais de saúde não vão mais até as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), pois mais de 120 unidades escolares da rede municipal de ensino já foram visitadas pelos agentes de saúde. A dose concedida durante a campanha nacional foi a tríplice viral, que engloba a prevenção do sarampo, caxumba e rubéola.
Sobre as doenças
O sarampo é uma doença de fácil transmissão e seu contágio se dá pelo ar, visto que é uma virose de transmissão respiratória. Ela pode atingir tanto crianças quanto adultos. Os sintomas mais comuns são febre alta, conjuntivite associada, olhos lacrimejantes e aversão à luminosidade, além de mal-estar, e tosse seca e persistente.
Já a paralisia infantil é uma doença infecciosa grave, que pode causar paralisia permanente em determinados músculos. Ela não possui tratamento específico e a única maneira de previni-la é com a vacina. No Brasil, o último caso foi registrado em 1990.