Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Altas temperaturas

Calor excessivo aumenta risco de infarto e derrame, dizem especialistas

Folhapress
30 set 2020 às 15:10

Compartilhar notícia

- Freepik
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

As altas temperaturas exigem atenção redobrada com o coração, principalmente em cidades onde o calor é forte e seco.


Segundo a Climatempo, a maior parte do Brasil deve enfrentar o calor até 9 de outubro, com exceção do próximo final de semana, mais ameno. Em várias cidades do país os termômetros oscilarão entre 37°C e 43°C. Os estados do Sul e Sudeste estão entre os que mais sentirão o clima esquentar.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O aparelho cardiovascular é vulnerável e sensível à maioria das variações de temperatura, principalmente quando as mudanças são bruscas.

Leia mais:

Imagem de destaque
'efeitos adversos'

Pesquisa aponta que 29% dos brasileiros têm algum medo com relação às vacinas

Imagem de destaque
Impacto econômico de R$ 10,4 bi

Uma a cada dez mortes no Brasil pode ser atribuída ao consumo de ultraprocessados, diz Fiocruz

Imagem de destaque
Problemas no estoque

Estados brasileiros registram falta ou abastecimento irregular de, ao menos, 12 tipos de vacinas

Imagem de destaque
Novembro azul

Saúde do homem é tema de live com médicos londrinenses em novembro


Ricardo Pavanello, cardiologista do HCor, aponta que o aumento da temperatura tem ação vasodilatadora, ou seja, o diâmetro das artérias e veias aumenta, fazendo com que a resistência à passagem do sangue diminua.

Publicidade


"De certa forma, isso facilita o trabalho do coração, mas há um limite no qual essa dilatação passa a ser muito intensa e a pressão cai. Quando isso acontece, a tendência é que aumente o número de batimentos. Então, ele tem uma taquicardia reflexa. Isso é indesejável e pode causar sintomas, tanto a taquicardia como a hipotensão", explica.


Para os hipertensos, o calor é melhor que o frio, porque a ação vasodilatadora os protege parcialmente. Pavanello alerta, porém, que é uma situação de artificialidade: o ideal é que se faça um tratamento adequado e se tenha atenção com as alterações.

Publicidade


"Nesta circunstância, os sintomas se confundem. Uma tontura pode se confundir com alteração de pressão–neste caso, queda. Quem usa medicação vasodilatadora deve checar com frequência a pressão arterial e as condições clínicas para evitar que, na confusão de imaginar que esteja com pressão mais alta quando na verdade é o oposto, se use medicamento adicional, o que será desastroso", alerta Pavanello.


"Vai ter hipotensão sintomática, queda súbita da pressão arterial, síncope, desmaio. Isso pode acontecer na condução de um veículo, atravessando uma rua e com o idoso, que requer cuidado e atenção por ser muito sensível ao calor", diz o médico.

Publicidade


Outro problema é o aumento da espessura do sangue. "O engrossamento pode formar coágulos e causar o fechamento das artérias; na região do coração, o fechamento das artérias coronárias ocasionaria infarto e no cérebro, derrame" diz Marcelo Sampaio, cardiologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.


Sampaio cita estudos que mostram que o calor pode, ainda, aumentar as taxas de colesterol e favorecer a formação de placas de gordura nas artérias. "O colesterol sofre flutuações pelo ano, porque o organismo requer energia, seja para aumentar a temperatura no frio ou esfriá-la quando está muito quente. Essa condição pode afetar o metabolismo mesmo que a pessoa não consuma com frequência alimentos ricos em gordura."

Publicidade


Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais de 1.100 mortes por dia.


A atividade física é importante para a saúde do coração, mas o calor traz ressalvas. "Ainda há quem pense que transpirar emagrece e use roupas mais quentes na hora do exercício, o que só leva a perda de líquido e sais minerais", diz Cléa Colombo, presidente do grupo de cardiologia do esporte do Departamento de Ergometria, Exercício, Cardiologia Nuclear e Reabilitação Cardiovascular da SBC.

Publicidade


A perda de água e sais leva à queda da pressão e pode causar de desmaios a convulsões, derrames e arritmias fatais. A perda de sais pode desencadear confusão mental e culminar em coma cerebral.


A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda evitar exercícios intensos acima dos 30ºC.

"Se for se exercitar, tenha atenção à reposição de líquido e sais minerais; prefira exercícios de intensidade leve a moderada com pausa para hidratação; use roupas leves e bonés ou outras barreiras que diminuem o risco de aumentar a temperatura corporal", orienta Colombo. "E nunca molhe o corpo, porque a pele úmida dificulta a transpiração. O correto é secá-lo para equilibrar a temperatura."


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo