O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram um novo lote de um milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde na manhã desta segunda-feira (14).
Com isso, o governo paulista já entregou 49 milhões de doses à pasta. As doses serão encaminhadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), para serem distribuídas proporcionalmente aos estados.
A entrega é a segunda a ser realizada neste mês de junho, após um hiato de quase um mês nos novos lotes devido à escassez do IFA (ingrediente farmacêutico ativo), que paralisou as atividades da fábrica de envase da Coronavac por quinze dias.
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A chegada de um carregamento com matéria-prima no dia 25 de maio, com capacidade para fabricação de 5 milhões de doses, fez retomar a produção.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou a entrega ao lado do secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn, da Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização de São Paulo, e Dimas Covas Tadeu, diretor do Instituto Butantan na manhã desta segunda.
Nesta semana, devem ser realizadas mais duas entregas. Na próxima quarta (16), o Butantan deve realizar a entrega de mais um lote de 1 milhão e, na sexta (18), mais um lote.
No último domingo (13), Doria anunciou a vacinação de toda a população adulta no estado até o dia 15 de setembro, antecipando em um mês o cronograma divulgado na última quarta-feira (9).
A expectativa é que nos próximos meses toda a população entre 18 e 59 anos, estimada em 7,45 milhões de pessoas, receba pelo menos uma dose do imunizante contra Covid-19 até a primeira quinzena de setembro.
O calendário é baseado nas perspectivas de entregas de vacina do Ministério da Saúde. Isso significa que para que o cronograma seja cumprido, o governo federal precisa entregar ao estado as remessas dos imunizantes dentro dos prazos estipulados. Além disso, a chegada de novos imunizantes acordados pela pasta, como a vacina da Janssen, permite avançar a vacinação nas faixas etárias.
Doria afirmou que a antecipação do calendário foi possível devido ao planejamento e organização do PEI (Plano Estadual de Imunizações) do estado.
"Nos temos uma estrutura, uma capilaridade com mais de 5.000 postos de vacinação e o trabalho dos secretários de saúde dos municípios que permite essa boa campanha e organização da vacinação contra Covid-19 em SP."
Mas isso depende da chegada de IFA para produção das vacinas no país. A falta de matéria-prima já levou à paralisação da produção da Coronavac e do imunizante da Oxford/AstraZeneca em maio.
A escassez de vacinas fez com que a vacinação com a Coronavac ficasse travada em diversos estados e, em pelo menos 12 capitais no país ficaram sem o imunizante para segunda dose no final de abril.
O novo lote de Coronavac entregue ao Ministério da Saúde poderá nortear agora a vacinação das gestantes com primeira dose e também suprir a segunda dose para os grupos prioritários que ainda não completaram a vacinação. Reportagem da Folha mostrou que pelo menos 20% dos idosos com mais de 70 anos no país não voltou para a segunda dose.
Segundo Regiane de Paula, o estado de SP deve receber 226 mil doses da pasta, e a prioridade deve ser as gestantes que ainda não receberam o imunizante.
"Estas doses que estão chegando nesse momento parte delas é primeira dose das gestantes e puérperas no estado e parte para a segunda dose. Estamos trabalhando fortemente, em SP não paramos a vacinação, e vamos também incluir primeira dose dos novos grupos incluídos, mas as gestantes são nossa prioridade ", disse.