O Brasil registrou 454 mortes pela Covid-19 e 19.392 novos casos da doença nesta segunda (14). Com isso, o país chegou a 132.117 óbitos pelo Sars-CoV-2 e a 4.349.544 infectados pelo novo coronavírus.
A número de mortes por 100 mil habitantes do Brasil (63,1) já ultrapassou a do Reino Unido (62,8) e deve, em breve, passar a taxa da Espanha (63,8), devido aos diferentes momentos da pandemia nos países. O Brasil, dessa forma, tem uma das maiores taxas de morte por 100 mil habitantes no mundo.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha de S.Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 731, o que representa uma queda nos dados em relação a semanas anteriores. A média, contudo, ainda está em patamares elevados.
Somente o Centro-Oeste apresenta média móvel de mortes crescente, em relação ao valor de 14 dias atrás. Sudeste e Nordeste apresentam queda e as regiões se encontram em situação de estabilidade nos números.
Acre, Ceará, Pará e Roraima apresentam média móvel de mortes crescente.
Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe têm média móvel de mortes estável. Os outros estados têm queda na taxa.
O Brasil tem uma taxa de cerca de 63,1 óbitos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de óbitos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 59,5 e 62,8 óbitos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Na semana passada, o Brasil ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (59).
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de óbitos, tem 56,1 mortes para cada 100 mil habitantes.
A Índia agora é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 79.722 óbitos.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 25,6 mortes por 100 mil habitantes.
Dados divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Ministério da Saúde apontam 15.115 novos casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24h, com 381 novas mortes.
Em geral, a pasta diz que uma queda nos registros é esperada a cada início de semana devido ao menor número de equipes que trabalham em laboratórios aos sábados e domingos.
Com os novos números, o total registrado no balanço federal já chega a 4.345.610 casos da doença desde o início da epidemia, com 132.006 óbitos.
O país ainda soma 2.498 mortes em investigação.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.