Mais de 14 milhões de brasileiros acima de 18 anos convivem com diabetes atualmente, segundo a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. O estudo mostra um aumento contínuo das taxas de incidência da doença, que passaram de 5,5% em 2006 para 6,9% em 2013. Estes números colocam o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de ocorrência de diabetes.
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda uma série de critérios, que considera o resultado dos exames de glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica para a identificação desta doença. "A hemoglobina glicada é um excelente exame para a detecção de diabetes e também para o acompanhamento da média glicêmica em um paciente já diagnosticado com a doença", reforça o endocrinologista do laboratório Pasteur, Sérgio Vêncio.
De acordo com o especialista, as pessoas diabéticas que já estão em tratamento devem realizar este exame a cada três meses. Já para pacientes de risco, o acompanhamento deve ser feito com menor frequência. "Pessoas que têm parentes de primeiro grau com diabetes, estão com sobrepeso, principalmente, com gordura abdominal, ou que fazem uso de corticoide estão no grupo de risco", comenta.
Vêncio lembra que os sintomas mais comuns da doença são vontade de urinar diversas vezes ao dia, fome e sede constantes, perda de peso sem motivo, fraqueza, alteração visual, formigamento nos pés e furúnculos.
Estilo de vida
A grande maioria dos casos desta patologia – 90% deles – é do chamado diabetes tipo 2, que tem relação direta com o estilo de vida. Além disso, a pesquisa Vigitel aponta que 75% das pessoas diagnosticadas com a enfermidade estão acima do peso.
Por isso, o especialista recomenda uma alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas como aliadas da prevenção para quem não é diabético e do tratamento para quem já tem a doença. "A rigor, todos nós devemos nos preocupar com o nosso estilo de vida. Agora, quem tem diabetes precisa, obrigatoriamente, seguir uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos como complemento ao tratamento, pois a medicação não controla a doença sozinha", conclui o médico.