O prefeito Marcelo Belinati (PP), na transmissão ao vivo deste domingo (28) pelas redes sociais, exaltou o trabalho de imunização feito pelas equipes da Secretaria Municipal de Saúde, reconheceu a situação crítica nos hospitais, com 86 pessoas em Londrina e região esperando por uma vaga de enfermaria ou UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas não anunciou medida mais restritiva para conter a disseminação do novo coronavírus no município.
Na última sexta-feira (26), em reunião com diretores dos principais hospitais da cidade, Ministério Público e Comitê de Crise de Londrina, Belinati foi cobrado a tomar providências mais rígidas de combate à Covid-19. Na reunião, a diretora do HU (Hospital Universitário), Vivian Feijó, alertou sobre a iminência de um colapso em todo o sistema de saúde de Londrina, que atende pacientes de vários municípios da região. Diante do cenário dramático, foi sugerido o aumento do isolamento social, maior responsabilização dos cidadãos que burlam as regras impostas para conter a doença e ações que diminuam a lotação no transporte coletivo, como o escalonamento do horário de trabalho.
Assim como havia feito na reunião de sexta-feira, neste domingo o prefeito ignorou as sugestões apontadas pelas entidades de saúde e voltou a responsabilizar as festas clandestinas e as confraternizações familiares pela evolução da doença no município. Belinati externou sua preocupação com a proximidade do feriado de Páscoa e apresentou um gráfico com dados que, segundo ele, foram repassados pela 17ª Regional de Saúde e que demonstram o aumento do número de casos e de mortes nos dias que sucederam os feriados de Ano Novo e Carnaval. "O número de casos e mortes explodiu em dezembro, aí começa a descer de novo e vem o feriado de Carnaval e explode de novo. Evite fazer confraternização em casa”, recomendou o prefeito. "Nos últimos dias, a média de mortes se estabilizou, em números ainda elevados, mas estabilizou”, completou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
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