Com a chegada da estação mais fria do ano, os banhos quentes e demorados se tornam frequentes, bem como pular o momento da hidratação, a fim de fugir do frio. Esses hábitos, rotineiros para algumas pessoas no frio, podem contribuir para o aparecimento de doenças da pele, que são intensificadas nesta época do ano. "O banho muito quente e prolongado é o principal agravante de certas doenças de pele, já que retira a camada de gordura protetora da pele, que fica mais fina naturalmente quando a temperatura cai", explica Orley Campagnolo, médico dermatologista da Unimed Costa Oeste.
Essa camada de gordura, chamada de manto lipídico, é essencial para manter a hidratação da pele e ajudar na proteção contra a penetração de bactérias e fungos. Caso a camada seja enfraquecida, a pele tende a ressecar e deixa o local propício para coceiras e alergias.
Doenças frequentes
Dentre as doenças que mais se agravam na estação estão: a dermatite atópica, uma alergia crônica causada por fatores genéticos e pela deficiência de hidratação da pele e a psoríase, caracterizada pelo aparecimento de manchas avermelhadas com escamas grossas nos joelhos, cotovelos e no couro cabeludo. "A psoríase é causada pelo fator genético, porém a menor exposição ao sol pode agravar a doença", alerta.
Como cuidar da pele
Além de evitar banhos muito quentes e prolongados, realizar hidratação com cremes diariamente, utilizar protetor solar todos os dias e secar a pele corretamente – principalmente nas áreas mais sujeitas a infecções, como: virilha, pés e axilas – são ações que auxiliam na proteção da pele no inverno. A atenção também deve ser voltada para as roupas, que dependendo do tecido, podem gerar alergias. "O ideal é evitar o contato direto com tecidos sintéticos e lã, além de usar uma camiseta de algodão por baixo", finaliza o especialista.