As 12 cidades-sede da Copa do Mundo estão preparadas para atender às demandas da área de saúde durante o evento, que começa no dia 12 de junho. A avaliação é do ministro da Saúde, Arthur Chioro, que participou ontem (22) do lançamento da campanha 2014 de incentivo à doação de leite materno, no Rio de Janeiro.
Questionado sobre as condições de atendimentos simultâneos a um grande número de pessoas, no Hospital do Andaraí, um dos escolhidos para ser referência na Copa, Chioro afirmou que toda a rede de saúde foi estruturada e está pronta para o Mundial.
"Não existe um único hospital que é referência, existe toda uma rede que envolve Samu, UPA [Unidade de Pronto-Atendimento], hospitais de referência e que envolve inclusive redes privadas, porque a maior parte dos turistas, quando vem ao Brasil, vem com seguro ou alguma forma de cobertura e pouco utilizarão [a rede pública]", acrescentou.
De acordo com o ministro, a experiência internacional mostra que menos de 1,5% das pessoas que participam de um evento como a Copa do Mundo requer assistência à saúde.
"Normalmente são problemas muito simples, resolvidos muitas vezes no próprio estádio e que pouco forçam a rede de saúde. Se a gente for pensar na manifestação de rua, a população comemorando a vitória do Brasil, que a gente sabe que acontece, não é nem um pouco diferente de alguma coisa que o Rio há décadas está acostumado a fazer, que é atender durante o carnaval. Cidades como Rio, Salvador, Fortaleza, Recife têm uma expertise em atendimento às massas que é muito grande. Então nós estamos muito bem preparados".
O ministro informou que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) aprovou os preparativos da área de saúde para o evento, no fim de março, e que o Brasil lançou, nesta semana, um manual de orientação para os visitantes, na 67ª Assembleia Mundial de Saúde em Genebra, na Suíça.
"Nós lançamos lá em Genebra um manual do visitante, que aliás vai servir não apenas para a Copa do Mundo, mas para todos os grandes eventos e para o turismo no Brasil. Que é um manual que tem em espanhol, francês e inglês, com as principais orientações sobre como fazer no Brasil, que tipo de preocupação, que vacinas tomar, enfim, um conjunto de orientações".
De acordo com o Ministério da Saúde, foram impressas 900 mil cartilhas, que serão distribuídas nas cidades-sedes da Copa. O guia está disponível na internet.