A principal causa dos dentes sensíveis é a perda da proteção do esmalte e a exposição de parte da coroa ou da raiz do dente, que pode decorrer de aumento da acidez bucal, problemas gengivais, escovação incorreta, mordida irregular, bruxismo (hábito de ranger os dentes) e uso de aparelhos ortodônticos e próteses mal-ajustadas. O refluxo gastresofágico e a bulimia também podem desencadear este quadro.
O dente é constituído pela dentina, que é orgânica, e externamente é protegida pelo esmalte, estrutura mineral e sem vitalidade. A dentina é uma estrutura tubular onde ficam os canalículos, que estão dispostos radialmente em relação à polpa do dente, mais conhecida como nervo.
"Quando estes canalículos são expostos ao meio bucal, sem a proteção da camada externa (o esmalte), estímulos como calor ou frio, diferenças de concentração no meio bucal e alguns alimentos e bebidas caminham diretamente em direção à polpa e podem provocar uma sensação de desconforto, que dependendo da intensidade do estímulo pode chegar até a dor intensa. Essa sensação desagradável é o que chamamos de hipersensibilidade dos dentes", explica a conselheira do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Maria Lucia Zarvos Varellis.
Ainda segundo a conselheira do CROSP, a má alimentação também pode contribuir para agravar o quadro, já que a ingestão de refrigerantes, isotônicos e outras bebidas ácidas pode causar a erosão do esmalte ou da dentina e expor os túbulos dentinários, levando à hipersensibilidade.
Em relação ao tratamento, o uso de cremes dentais específicos, aplicações de dessensibilizantes fluorados, restaurações, laserterapia e outras medidas podem ser eficazes.
Além disso, cuidar corretamente da escovação e ter uma dieta balanceada ajuda a diminuir e até mesmo prevenir a sensibilidade. "Contudo, para a indicação do melhor tipo de tratamento o ideal é visitar um cirurgião-dentista", orienta Varellis (com Assessoria de Imprensa CROSP).