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A saliva pode fazer o diagnóstico do câncer de pâncreas em fases iniciais

22 mar 2017 às 16:56

O câncer de pâncreas é um dos tumores malignos humanos mais letais. É a quarta causa de morte relacionada a câncer nos Estados Unidos. Mesmo em nosso país é um problema de saúde pública que vem aumentando gradativamente.

Alguns fatores de risco relacionam-se ao desenvolvimento do câncer: a idade avançada, o uso de fumo por muitos anos e a história familiar, onde os parentes relacionados apresentam chance nove vezes maior de desenvolvê-lo. A sobrevivência em 5 anos é menor que 25% e menos de 20% dos pacientes são operáveis no momento do diagnóstico.


Novos métodos mais eficazes para a detecção da doença em fases iniciais são fundamentais. Os testes sanguíneos atualmente existentes são ineficazes e nas últimas décadas novos testes com biomarcadores salivares têm sido usados. Além disso, o uso da saliva na detecção desse tipo de doença é de baixo custo, de fácil aquisição e parece apresentar um benefício muito bom.


O trabalho publicado recentemente propõe a detecção de novos biomarcadores encontrados na saliva como identificadores do câncer. Esses autores avaliaram 114 amostras de saliva do banco de salivas de pacientes com doenças pancreáticas e dessas 35 tinham o câncer. Através da utilização de dois métodos de análise da expressão genética nos pacientes e nos controles, os autores compararam as características da expressão genética conforme a base de dados existentes na enciclopédia de genes e genomas de Kyoto, todas elas avaliadas por algoritmos computacionais.

Esses resultados mostram que um simples teste salivar pode detectar câncer de pâncreas em fase inicial e ter um benefício para o rastreamento dessa doença implacável! Parece óbvio afirmar que essa pesquisa deve iniciar imediatamente sua avaliação na aplicabilidade clínica, pois apenas através do diagnóstico precoce poderemos melhorar as cifras tão baixas da sobrevivência e da qualidade de vida em pacientes com a doença.


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