Após um mutirão de vacinação nesse sábado (20), quando 23 mil pessoas tomaram a vacina contra a gripe na Capital, Curitiba avançou no cumprimento da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Cerca de 164 mil pessoas já foram imunizadas, ou seja, 43% do total estipulado (380 mil habitantes da Capital). A maior procura pela vacina é da população idosa, com mais de 60 anos de idade, responsável por 57,19% das doses distribuídas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em seguida vem o grupo das mães que tiveram bebês há menos de 45 dias, informa a Prefeitura, que receberam 40,31% das vacinas aplicadas.
Contudo, a baixa procura das crianças (25,43%) e das gestantes (28,44%) pela imunização contra a gripe preocupa os gestores públicos. O diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Moacir Pires Ramos, alerta que esses dois grupos de vacinação têm a defesa do organismo limitada. "A criança precisa da vacina porque ainda não tem seu sistema imunológico maduro. Já na gestante, a capacidade respiratória fica comprometida devido às alterações no corpo, como a dilatação do abdômen, que diminuem a capacidade de se proteger de um quadro de gripe e a possibilidade de complicações respiratórias é muito maior", argumenta o diretor.
A vacina oferecida pela rede pública protege contra os três tipos mais comuns de vírus transmissores de gripe: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Ramos afirma que essa vacina é produzida a partir de um vírus morto e, por isso, as grávidas não precisam se preocupar em afetar o bebê. "Essa vacina não faz mal, ela é uma proteção a mais para o bebê. É como a vacina contra o tétano, que é recomendada durante a gestação", salienta Ramos. Ele lembra que, quem toma a vacina tem uma proteção de 60% a 62% contra a gripe. 'Para a vacina produzir a proteção pra quem toma a dose há uma demora de duas a três semanas", orienta.