A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou nesta segunda-feira (16) os números do 1º LirAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) de 2023. As vistorias foram realizadas entre 2 e 13 de janeiro e, no período, os agentes visitaram 10.277 imóveis na área urbana da cidade.
Segundo o documento, o IIVP (Índice de Infestação Vetorial Predial) foi de 5,5%, o que coloca o município em situação de risco, conforme classificação do Ministério da Saúde.
O índice de 5,5% demonstra que a cada 100 imóveis inspecionados cinco estavam com focos positivos do mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
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“É um número bastante preocupante! Em que pese nossas equipes técnicas já apontavam que esse LIRAa seria um maior do que o último e historicamente a média é de 5 a 5,5% dos imóveis inspecionados apresentarem criadouros, nos últimos LIRAas de janeiro, entretanto isso não reduz nossa preocupação. Agora, o tempo quente e as chuvas intercaladas com o período de altas temperaturas, nos colocam com risco de alta epidemia da dengue na cidade”, explica o secretário de saúde, Felippe Machado.
Em comparação com o último levantamento, realizado em outubro deste ano, o índice subiu, visto que o terceiro LIRAa estava em 3% de infestação. Esta edição, que foi realizada de 17 a 21 de outubro de 2022, vistoriou 9.940 imóveis residenciais e comerciais, além de construções e terrenos baldios de 260 localidades da zona urbana.
O documento de 2023 também apontou que 87% dos criadouros, com larvas e pupas de Aedes aegypti, foram encontrados em objetos em desuso jogados nos quintais, nos vasos de plantas e em água de chuva armazenada.
Os outros 13% foram encontrados em objetos dentro das residências. O número de depósitos com focos do vetor do Aedes dentro das casas foi maior em comparação com o índice do levantamento anterior.
NÚMEROS POR REGIÃO
Entre todas as regiões da cidade, a Norte foi a que apresentou maior concentração de focos positivos, chegando a 7,20% dos imóveis com larvas do mosquito.
Em seguida, está a região Sul de Londrina, que apontou um LIRAa de 6,07%. Em terceiro lugar está o Centro, com 4,63% de infestação. Em quarto lugar está a região Oeste, com 4,45% e, por último, a zona Leste, com 3,93% de infestação.
Entre os bairros de Londrina, os mais preocupantes no momento são a Vila Hípica, que registrou 33,3% de imóveis com dengue; seguido pelo Flores do Campo, com 30,2% das moradias positivadas; pelo Castelo (30,6%); Paulista (27,7%); Santa Joana (23,5%) e pelo Luís de Sá (22,9%).
“Outra situação que nossas equipes identificaram que foi a do Luís de Sá, onde atrelado ao alto número de criadouros há uma crescente de notificação de casos da dengue. Por isso, ações estão sendo voltados para essas regiões, Luís de Sá, Flores do Campo, São Jorge e Aparecidinha. Com isso, a gente espera reduzir o número de casos nessas localidades”, disse.
CASOS DE DENGUE EM LONDRINA
Com relação aos números de casos da doença, a SMS informou que, em 2023, foram notificados 132 casos suspeitos de dengue, dos quais um foi confirmado, quatro descartados e 127 estão em análise. Até o momento, não há registro de óbitos.