Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas, entre elas a de filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo e a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo. Calcula-se que a doença renal crônica atinja 10% da população mundial, atingindo pessoas de todas as idades, mas principalmente os idosos. A estimativa é que a enfermidade afete um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos, sendo que metade da população com 75 anos ou mais sofre algum grau da doença.
A insuficiência renal pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal; ou crônica, quando a perda é lenta, progressiva e irreversível. A maioria das pessoas não apresenta sintomas graves até que a insuficiência renal esteja avançada. Porém, alguns sinais como falta de apetite, cansaço, palidez cutânea, inchaços nas pernas e tornozelos, aumento da pressão arterial, inchaço ao redor dos olhos, especialmente pela manhã, pele seca e irritada, alteração dos hábitos urinários como urinar mais à noite e urina com sangue ou espumosa podem ser considerados sinais de alerta.
O tratamento para problemas renais pode ser realizado por meio de dieta e medicamentos, indicados por profissionais de saúde, visando conservar a função dos rins que já têm perda crônica e irreversível, tentando evitar, o máximo possível, o início da diálise - tratamento realizado para substituir algumas das funções dos rins, ou seja, retirar as toxinas e o excesso de água e sais minerais do organismo.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que 100 mil pessoas fazem diálise no Brasil. Os números mostram ainda que 70% dos pacientes que fazem diálise descobrem a doença tardiamente. A taxa de mortalidade para quem enfrenta o tratamento é 15%.
Outra forma de tratamento é o transplante renal em que, por meio de uma cirurgia, o paciente recebe um rim de um doador. Neste tratamento o paciente tem que fazer uso de medicações que inibem a reação do organismo contra organismos estranhos, neste caso, o rim de outra pessoa, para evitar a rejeição do "novo rim". O paciente necessita de acompanhamento médico contínuo.