Nenhuma dieta parece ter efeito sobre os números na balança e você sua a camisa na academia, mas o esforço não se reflete no espelho? Alguns fatores que você desconhece podem estar dificultando o seu processo de emagrecimento. Saiba quais são eles:
Doença endócrina não diagnosticada
Talvez não passe pela sua cabeça que a dificuldade para perder peso esteja associada a alguma doença não diagnosticada. Mas isso pode acontecer. Segundo a endocrinologista Isabela Bussade, responsável científica da PronoKal, a síndrome dos ovários policísticos, que chega a atingir 30% das mulheres jovens, desregula os hormônios e interfere no funcionamento do pâncreas, o que eleva a produção de insulina e aumenta a sensação de fome.
Excesso de preocupação e responsabilidades
Você anda muito estressado ou se sentindo pressionado pelas horas de trabalho e problemas pessoais? Se sim, isso pode estar fazendo os dígitos avançarem na sua balança. Isso porque quando você está muito tenso, a produção de hormônios do estresse, como a adrenalina e o cortisol, é intensificada. Isabela Bussade explica que o cortisol é responsável pelo metabolismo baixo. "Estudos em modelos de animais mostram que, mesmo seguindo uma dieta de muito pouca caloria, os animais não emagreceram", explica.
Os altos níveis destes hormônios, "enganam" o corpo, que interpreta a situação como um ataque e sente a demanda por energia. Dessa forma, a fome, principalmente por carboidratos, vai às alturas, pois são fontes de rápida resposta. Para reverter esse cenário, a endocrinologista e metabologista Viviane Christina de Oliveira, da Endoquali, indica: "Considere seriamente rever sua rotina para reduzir os níveis de estresse e iniciar atividades para relaxamento, como atividade física, meditação, ou qualquer outra coisa que lhe traga prazer".
Supertreinamento
Passar horas a fio na academia só pode resultar em perda de peso, correto? Errado. O overtraining ou a prática de treinos acima da sua capacidade cardiovascular e ventilatória faz com que hormônios poupadores de energia sejam ativados, dificultando o processo de perda de peso. "Nesse caso, o exercício deve ser prescrito dentro do limite de cada um", recomenda Isabel Bussade.
Para não ceder à inércia, no entanto, a nutricionista Deborah Gariba Nunes, da Paraná Clínicas, garante: "Pratique atividade física, pelo menos, 30 minutos diariamente ou 45 minutos três vezes por semana. A parceria com a alimentação saudável pode antecipar a chegada do resultado esperado".
Fome sem fim e compulsão alimentar
Você só pensa em comer e não consegue resistir àquele prato a mais mesmo já estando satisfeito? O que poderia ser identificado como ansiedade pode ser, na verdade, um quadro de Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA), segundo Isabel Bussade. Quando a pessoa ganha peso, há um tal aumento nos níveis de leptina, o hormônio responsável pela sensação de saciedade, que o cérebro deixa de responder ao seu estímulo. Por se tratar de um problema relacionado aos neurotransmissores, o tratamento indicado pode ser com fármacos e o acompanhamento de um médico.
Desidratação
Você certamente já ouviu falar que basta beber um copo de água para saber se você estava mesmo com fome ou não: se a sensação de fome passar é sinal de que o seu corpo só estava precisando de líquidos. Quando a desidratação é leve, explica Viviane Christina de Oliveira, pode haver essa confusão no hipotálamo, que é a parte do cérebro que regula tanto o apetite quanto a sede.
"Ingerir, pelo menos, 2 litros de água por dia, ajuda a hidratar o organismo e eliminar as toxinas acumuladas. A água também gasta energia para ser absorvida, em torno de 200kcal a cada oito copos", aponta a nutricionista Deborah Gariba Nunes, da Paraná Clínicas.
(com informações do site Globo)