Corpo & Mente

Transplante salva recém-casada à beira da morte

01 dez 2011 às 14:17

Portadora de fibrose cística, Kirstie Mills viu sua saúde se deteriorar rapidamente devido à doença genética.

Aos 21 anos, ela usava regularmente uma cadeira de rodas, máscaras de oxigênio para ajudá-la a respirar e passava temporadas cada vez mais longas no hospital.


Ao longo dos dois anos de relacionamento, seu namorado, Stuart, já havia sido apresentado à rotina de remédios, infecções respiratórias e internações, tudo parte do regime imposto pela doença incurável, que frequentemente leva à morte prematura.


"Eu sabia que nosso tempo estava acabando", disse ela.


Casamento transferido


Por causa do estado de saúde de Kirstie, eles decidiram planejar logo o casamento no Chipre, mas a saúde frágil da noiva fez com que ela não pudesse viajar e a cerimônia teve de ser transferida para Somerset, na Grã-Bretanha.


"Havia diversos médicos e enfermeiros lá. Stuart tinha um cartão no bolso de 'Não Ressuscitar' porque se eu desmaiasse eu não queria ser ventilada, já que isso excluiria a possibilidade de transplante", contou Kirstie.


"Foi o melhor dia da minha vida, mas também achávamos que seria meu último."


Duas semanas depois do casamento, ela foi levada de helicóptero para um hospital em Londres para esperar por um transplante, um procedimento arriscado, mas que poderia aumentar sua expectativa de vida.


Espera


Segundo Kirstie, a espera pelo transplante foi um momento extremamente difícil para seu novo marido e sua família.


"Em um determinado momento, eu tentei implorar que desligassem as máquinas que estavam me mantendo viva, mas porque eu tinha uma traqueostomia, ninguém me entendia."


"Eu me sentia como se estivesse constantemente me afogando ou sufocando. O número de tubos ligados a mim era inacreditável, então eu não podia me mexer, não podia fazer nada. Eu estava desesperada."


"Eu não achava que o transplante aconteceria e, mesmo que acontecesse, seria tarde demais, porque eu estava tão fraca", disse Kirstie.


Finalmente, em julho deste ano, ela recebeu novos pulmões. "Foi no momento exato. Eu tinha horas de vida."


A recuperação foi difícil, mas ela voltou a andar, fazer exercícios e já tem capacidade pulmonar de 100%.


Kirstie está animada para passar seu primeiro natal em família em anos e planeja pedalar 300 quilômetros para arrecadar dinheiro para instituições de caridade.


Apesar disso, ela lembra que não está curada.

"Eu nunca vou ter uma expectativa de vida normal, mas o transplante talvez tenha me dado 20 anos a mais. Eu só tenho que continuar gerenciando e controlando a doença da melhor maneira possível."


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