O Coes (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública) da Secretaria da Saúde do Paraná consolida nesta semana dados do monitoramento da Febre Amarela no Paraná no período de um ano – de 1 de julho de 2018 até 30 de junho de 2019. Este é considerado o período sazonal estabelecido pelo Ministério da Saúde, ou seja, o período em que podem ocorrer os maiores agravos.
"O monitoramento da doença segue junto a todas as Regionais de Saúde do Estado, tanto dos casos de Febre Amarela, em humanos, como também das epizootias, que registram os casos em macacos", afirma a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr.
Neste ciclo de acompanhamento, a doença atingiu, principalmente, a população das regiões de Paranaguá, Curitiba e Ponta Grossa, mas as notificações e investigações aconteceram em todas as regiões.
No período foram confirmados 480 notificações e 17 casos da doença. O Paraná registrou um óbito por Febre Amarela, em março, tendo como município de residência e local provável de infecção o município de Morretes.
Entre os casos confirmados 88,2% (15 casos) são do sexo masculino, com idade média de 35 anos.
Os casos confirmados apontaram como locais prováveis de infecção os seguintes municípios: Antonina, Guaraqueçaba, Paranaguá, Morretes, São José dos Pinhais, Adrianópolis e Quatro Barras.
Epizootias – Neste período de acompanhamento foram confirmadas 49 epizootias em 73 municípios. "Lembrando sempre que os macacos não transmitem a febre amarela, eles também são vítimas da doença. Os primatas podem ser considerados verdadeiros sentinelas para o sistema de vigilância. O óbito de macacos em determinada área é um dos principais indícios de circulação do vírus em regiões de matas e florestas, servindo como um alerta para as autoridades de saúde adotarem medidas de prevenção, com a vacinação dos moradores da região", informa Laurina Tanabe, do Coes.
A Sesa segue o trabalho de Vigilância Epidemiológica da febre amarela em todo o Estado e a publicação de novos boletins sobre a doença acontecerá de acordo com o registro de casos.
Segue também a vacinação contra a Febre Amarela nas Unidades de Saúde do Estado. "A população não pode se descuidar: a Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, transmitida por um mosquito e a melhor forma de prevenção é a vacina", esclarece a médica da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). A Sesa reforça a importância da vacinação dentro da faixa etária a partir de 9 meses até 59 anos, 11 meses e 29 dias. A imunização acontece com única dose da vacina.