A confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e entidades Filantrópicas (CMB) estima que pelo menos 83% dos 2.100 hospitais filantrópicos brasileiros operam no vermelho.
Ao realizar procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as instituições de saúde gastam mais do que é repassado a divida esta na casa dos R$17 bilhões, afirma José Luiz Spigolon, diretor-geral da CMB.
"A tabela SUS só cobre 60% do gasto real do procedimento", diz ele. "É verdade que temos incentivos governamentais.
O problema é que os incentivos não estão disponíveis para todos os tipos de hospitais e, além disso, quando o hospital faz mais procedimentos do que o previsto em contrato, ele dificilmente recebe por eles", explica o diretor.
Com 471 anos e uma dívida de R$ 130 milhões, a Santa Casa de Santos, a mais antiga do País, é uma das filantrópicas que passam por crise.
"A Santa Casa não tem de dar lucro, mas deve ter equilíbrio nas contas, coisa praticamente impossível com a tabela SUS", diz a diretora financeira, Miriam Cajazeira Diniz, que, junto com o provedor Félix Alberto Ballerini, está disposta a mudar o perfil das finanças da instituição.
(Com informações UOL )