Corpo & Mente

Saiba quais os tratamentos mais indicados para estrias

17 out 2011 às 16:21

A estria é uma atrofia de pele adquirida, de aspecto linear e sinuoso, com um ou mais milímetros de largura. Trata-se de uma lesão decorrente da degeneração das fibras elásticas e colágenas, em algumas áreas do corpo, e rompimento das fibras da derme, devido à distensão exagerada, provocada pela gravidez ou excesso de peso, ou alterações hormonais. Inicialmente a estria apresenta coloração avermelhada e torna-se esbranquiçada à medida que passa por um processo de amadurecimento. Ela pode ser superficial, profunda, estreita ou larga.

As estrias apresentam-se paralelamente umas às outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, o que indica um desequilíbrio elástico localizado. Tendem a ser bilaterais, em ambos os lados do corpo, e simétricas. Quanto à sua localização, são mais comuns nos glúteos, seios, abdome, coxas e região lombosacral. Raramente, aparecem em regiões como joelho, tórax, região pélvica, antebraço, porção anterior do cotovelo.


Entrevistamos a fisioterapeuta Camila Cheloni, membro da equipe do Centro de Estética da Clínica Alan Landecker, que fala um pouco sobre a causa das indesejáveis estrias e os tratamentos mais eficazes para combatê-las.


1) Quais os fatores desencadeantes das estrias?


Existem três teorias básicas para explicar as causas das estrias:


a) Teoria mecânica: acredita-se que a excessiva deposição de gordura no tecido subcutâneo, com subseqüente dano às fibras elásticas e colágenas da pele, seja o principal mecanismo do aparecimento dessas cicatrizes. As estrias também são consideradas seqüelas de períodos de rápido crescimento, quando ocorre a ruptura ou perda das fibras elásticas dérmicas. Exemplos clássicos são a gravidez, o estirão do crescimento em adolescentes e quando ocorrem grandes flutuações de peso.


b) Teoria endócrina: as estrias podem aparecer como efeito colateral da cortisona, quando esta droga é usada para tratar uma determinada doença.


c) Teoria infecciosa: processos infecciosos podem provocar danos às fibras elásticas, provocando o aparecimento das estrias. Alguns exemplos são a febre tifóide, tifo, febre reumática, hanseníase e outras infecções.


2) Quem tem mais propensão a ter estrias?


As estrias são encontradas em ambos os sexos, com predominância no público feminino, principalmente a partir da adolescência. Entretanto, elas podem aparecer em todas as idades. Na mulher adulta saudável, a incidência de estrias é 2,5 vezes mais freqüente que no homem nas mesmas condições.


3) Quais os principais tratamentos para minimizar/erradicar estrias?


As estrias são lesões irreversíveis, por isso não existem um tratamento que faça a pele voltar ao que era antes. Os procedimentos visam melhorar o aspecto das lesões, estimulam a formação de tecido colágeno subjacente, tornando-as mais semelhantes à pele ao redor. Quando a estria é recente, é possível tratá-la e até revertê-la com o uso de tratamentos como esfoliação, laser etc. Na verdade, quanto mais precoce for o tratamento, melhor será a resposta do paciente. As estrias brancas e com relevos são mais difíceis de se obter resultados satisfatórios com tratamentos estéticos. Durante o tratamento, a exposição ao sol deve ser evitada por dois meses, em média.


a) Laser


Quando utilizado na fase avermelhada (imatura) da estria, o laser provoca um fechamento dos pequenos vasos sanguíneos e estimula a formação de um novo colágeno, dando à estria uma tonalidade próxima a da pele e uma diminuição do seu tamanho. Na fase esbranquiçada (madura), o laser atua, basicamente, estimulando a produção de um novo colágeno e visa somente a diminuição do tamanho da estria. São necessárias pelo menos 5 sessões, que podem ser mensais ou quinzenais. O método é indolor e o grau de satisfação dos pacientes vai de regular a bom. Quando o laser é associado a outras terapias, como cremes a base de ácidos, este resultado pode ser potencializado. O tempo de aplicação depende da quantidade e localização das estrias e varia de 10 minutos a 30 minutos. Após o procedimento, o paciente não deve se expor ao sol. O laser associado a outros tratamentos, como o peeling de cristal, potencializa o resultado.


b) Tratamento com Ácidos


Alguns tipos de ácido, como o retinóico, estimulam a formação de tecido colágeno, melhorando o aspecto das estrias. Pode haver descamação e vermelhidão, sendo que a exposição solar deve ser evitada. É indicado para os dois tipos de estrias, mas em especial nas recentes (avermelhadas). O tratamento dura entre 4 e 6 horas e, após seu término, o paciente não deve se expor ao sol. Deixar a pele descamar. Uma dica é não utilizar hidratantes na região para que a pele descame rapidamente e renove o tecido.


c) Peeling de Cristal

Trata-se de um procedimento de ação mecânica mais intensa, com o qual a estria é bombardeada por um jato de microcristais de óxido de alumínio. É um procedimento simples e de rápida recuperação indicado para todos os tipos e, em especial, para estrias recentes, onde o resultado é mais satisfatório e visível. O tratamento dura em torno de 30 a 40 minutos e a exposição solar é proibida durante o tratamento e pelo período de um mês após o seu término (com Prestige Assessoria de Comunicação e Marketing).


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