Corpo & Mente

Reposição hormonal protege a memória do envelhecimento?

15 out 2013 às 16:01

Já se sabe há muitos anos do aumento do risco das doenças do envelhecimento como a osteoporose e infarto quando o envelhecimento feminino ou masculino não é acompanhado de reposição hormonal correta.

Mas pouca informação é divulgada na mídia em relação à influência hormonal na memória e na diminuição do risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Para compreendermos a influência hormonal no cérebro devemos analisar que a partir dos 30 anos de idade existe uma perda neuronal progressiva dita como fisiológica na ordem de 10 a 100 mil neurônios por dia.


Quando comparamos o cérebro de uma pessoa de 30 anos com uma pessoa de 60, esta perda de neurônios já é nítida em exames de imagem cerebral como ressonância magnética ou tomografia computadorizada de crânio, onde é evidênciado uma diminuição do volume cerebral. Não coincidentemente a partir dessa idade ocorre também queda progressiva dos hormônios. Com 60 anos temos, em média, 50% a menos de hormônios quando comparado aos 30 anos de idade.


Existe consequentemente uma relação entre a queda hormonal, aumento de perda neuronal e aumento da chance da doença de Alzheimer. Isto porque existem no cérebro receptores hormonais que são estimulados pelos hormônios, quando este estímulo é diminuido pela queda hormonal ocorre o favorecimento da perda de neurônios relacionado ao envelhecimento.


Podemos comparar o cérebro a um músculo aonde deve ser sempre estimulado para evitar atrofia (perda da sua função por redução celular).


Vários estudos tem comprovado que tanto homens como mulheres em níveis ótimos de hormônios sexuais têm melhor performance cognitiva e menor chance de desenvolver a doença de Alzheimer. Esta proteção fica ainda mais evidente com o aumento da idade onde outros fatores de reserva e proteção neural já estão deficientes.


É importante ressaltar que a modulação hormonal deve ser feita sempre respeitando a fisiologia e a individualidade normal do organismo, com a utilização de hormônios bioidênticos, que são hormônios com estrutura molecular idêntica aos hormônios produzidos pelo organismo humano.

Tsutomu Higashi - médico ortomolecular e master na ciência do anti-aging


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