Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em um levantamento realizado em 2010, só naquele ano, 12.705 mulheres brasileiras morreram de câncer de mama. O assunto é assustador e muito sério, mas, graças à tecnologia, apesar dos dados assustadores, já existem inúmeras formas e técnicas avançadas que auxiliam na prevenção, no combate e na superação da doença.
Para os especialistas, existem ações cotidianas que podem ajudar na prevenção do câncer de mama, conhecidas como "comportamento defensivo". Esse comportamento inclui a mulher administrar com cuidado a sua sexualidade, evitando abusar de anticoncepcionais, de hormônios para reposição e manter consultas regulares com a ginecologista. Além disso, mulheres com mais de 50 anos, mesmo que não sintam nada de diferente em suas mamas, precisam fazer mamografia a cada dois anos. "E aquelas que têm parentes de primeiro grau que já tiveram a doença devem redobrar os cuidados", alerta o cirurgião plástico Evando Lauritzen.
Segundo Lauritzen, mulheres que são adeptas da atividade física, por pelo menos 50 minutos durante seis dias na semana, diminuem em até 30% as chances de desenvolver o câncer de mama. O cirurgião ainda aponta, que um dos principais erros que as mulheres cometem é o de esperar sentir dor para procurarem algum médico.
Nos casos extremos da doença, em que há a necessidade da retirada da mama, já existem soluções que podem ajudar na recuperação da autoestima da mulher, além de melhorar a aparência da região afetada.
A reconstrução da mama é um procedimento físico e emocionalmente gratificante para a mulher que está passando por esse período tão difícil. Uma nova mama pode melhorar radicalmente sua autoestima, autoconfiança e qualidade de vida. "É sempre bom destacar que, apesar da cirurgia dar uma mama relativamente natural, a mama reconstruída não será igual à que foi removida, assim como a sua sensibilidade não será a mesma e as cicatrizes, em alguns casos, ainda ficarão visíveis. Mas, de qualquer forma, esse é um método eficaz de ajudar no processo de recuperação da paciente", comenta o especialista.
Para casos de mastectomia radical, a reconstrução mamária pode ser realizada com implantes anatômicos que são mais rígidos e se adequam com boa modelagem. Para casos de mastectomias simples ou subcutâneas, podem ser utilizados outros implantes convencionais. É válido ressaltar a importância da cirurgia plástica em todos os aspectos da reconstrução mamária como também sua intervenção no momento em que já não haja riscos de recidivas do tumor extirpado, desde uma quadrantectomia, mastectomia subcutânea, mastectomia simples ou mastectomia radical.
Dr. Evando ainda ressalta a contribuição psicológica que a reconstrução mamária acarreta para a mulher, pois elimina o estigma da mutilação trazido pela mastectomia.