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Público-alvo: Paraná já vacinou quase 2 milhões contra gripe

17 mai 2016 às 15:06

Já foram vacinados em todo o país 35,4 milhões de brasileiros na campanha nacional contra a influenza. O número representa 71% do público-alvo, formado por 49,8 milhões de pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe. A meta é vacinar, no mínimo, 80% desse público, até esta sexta-feira (20), quando encerra a campanha. Quatro estados e o Distrito Federal alcançaram suas metas de vacinação contra a gripe.

De acordo com o balanço, os estados do Paraná (85,2%), São Paulo (85%), Amapá (81,7%), Espírito Santo (81,2%) e o Distrito Federal (80,9%) já atingiram a meta de vacinação para este ano. Outros quatro estados alcançaram boa cobertura vacinal até o momento: Santa Catarina (79,1%), Rondônia (77,1%), Rio Grande do Sul (76,5%) e Goiás (74%). O desempenho foi possível porque o Ministério da Saúde iniciou o envio das vacinas no dia 1º de abril, o que possibilitou a antecipação da vacinação em vários estados. Cem por cento das doses já foram enviadas aos estados, que por sua vez têm a responsabilidade de encaminhá-las aos municípios.


"As pessoas integrantes do grupo prioritário têm até esta sexta-feira para comparecer aos postos de saúde e receberem a vacina. É importante reforçar a importância da vacinação às gestantes para garantir a sua proteção e a saúde e do seu bebê", alerta o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi. O secretário lembrou que o grupo das gestantes é o que apresentou menor adesão à campanha até o momento, com menos de 60%. A vacina, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B).


Até o momento, a região Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 80,1%, seguida pelas regiões Sudeste (76,2%); Centro-Oeste (67%); Norte (63,8%) e Nordeste (58,4%). Dentre os grupos prioritários para a vacinação, os trabalhadores de saúde apresentam, até o momento, a maior cobertura, com 3,5 milhões de doses aplicadas, o que representa 86,5% dos profissionais a serem vacinados. Em seguida estão as puérperas, com 291.203 vacinadas (79,4%); 15,2 milhões de idosos (72,9%); crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), com 8,5 milhões de vacinados (66,5%); 1,3 milhão de gestantes (56,6%).


Até o último dia 16 de maio, em todo o Paraná forma vacinadas 1.909.587 pessoas da população prioritária (gestantes, idosos com mais de 60, doentes crônicos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, puérpuras, trabalhador da área da saúde, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional). O esperado era vacinar 2.242.191 e a cobertura vacinal foi de 85,17%.


Com 241,7 mil doses aplicadas, 38,8% dos indígenas já foram vacinados. Como a vacinação deste grupo é realizada em áreas remotas, a atualização dos dados segue outra dinâmica. Também foram aplicadas 6,4 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade; população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.


"Em todo o país, 22 estados da Federação puderam adiantar suas vacinações, o que permitiu a alta cobertura vacinal alcançada até este momento. A vacina é segura e evita complicações e até a morte pela doença", explicou o secretário Nardi, reforçando que agora é a hora de se vacinar e se proteger no inverno. "Após a vacinação, o corpo leva duas a três semanas para gerar os anticorpos necessários para a proteção", alertou o secretário.


A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS. Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.


DOSES DA VACINA - Na última sexta-feira (13), o Ministério da Saúde finalizou o envio de doses da vacina contra a influenza aos estados. No total, foram disponibilizadas 54 milhões de doses da vacina para imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha. O excedente, que neste ano é de mais de 4 milhões de doses, é chamado de reserva técnica e faz parte da estratégia de vacinação. Portanto, o Ministério da Saúde reafirma que não há falta de vacina e que todo o público-alvo da campanha será vacinado. Desde o dia 1º de abril, as doses da vacina estão sendo enviadas, em etapas, aos estados. A entrega aos municípios, por sua vez, é responsabilidade dos estados.

Todos os anos o Ministério da Saúde recebe a vacina em etapas do laboratório produtor e, à medida em que chegam as doses, são distribuídas, imediatamente, aos estados. A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo. A Campanha acontece em todo o país até o dia 20 de maio.


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