Em meio a aflições ou possíveis problemas emocionais e relacionados à mente, surge a questão: vou atrás de um psicólogo ou de um psiquiatra?
E a resposta é que não há resposta certa. Segundo especialistas, o melhor dos cenários é que o tratamento do transtorno seja conjunto, de modo complementar.
Mais importante do que quem procurar, porém, é o momento da procura por ajuda, afirma Rodrigo Acioli, conselheiro do Conselho Federal de Psicologia.
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A hora certa é: quando um problema, independente do tamanho ou da complexidade, começa a atrapalhar atividades e a relação da pessoa com o dia a dia, com o trabalho e com pessoas queridas.
"É quando a pessoa percebe que não vai dar conta, que está começando a ter um gasto de energia considerável", diz Acioli. "Quanto mais ela espera e vai deixando a prevenção de lado, maior a probabilidade de ter que medicalizar e ter gastos maiores com isso. Não tenha medo de enfrentar."
Ambos os profissionais podem utilizar a psicoterapia para tratar pacientes, mas somente os psiquiatras podem receitar medicamento.
Mas, diz o especialista, se a tristeza não tem nenhum motivo e se do nada a pessoa se vê muito triste ou muito alegre, com mudanças repentinas de humor, o processo pode estar ligado a disfunções biológicas que necessitem de intervenção psiquiátrica.
Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, diz ainda que o trabalho de psicólogos é voltado ao comportamento humano e, portanto, pode ou não ser relacionado a doenças mentais.
"No meu consultório, 90% não têm nenhum transtorno mental. São outras questões que tomam conta e para as quais a pessoa precisa de ajuda", diz Acioli, Segundo ele, ainda há um tabu em relação ao tratamento psicológico, mesmo com mais discussões sobre o tema.