A cada ano, a dengue aparece mais nos noticiários, e principalmente em períodos de calor. Isso porque de janeiro a maio o desenvolvimento dos mosquitos corre mais rapidamente, assim como a transmissão da doença. Se para evitar a proliferação e o desenvolvimento das larvas do Aedes aegypti é preciso acabar com a água parada, deve-se também tomar atenção com piscinas domésticas.
Muitas pessoas acreditam que tratando esporadicamente a água da piscina já está evitando o desenvolvimento de larvas, mas na verdade não é bem assim. "A quantidade mínima de cloro para eliminar as larvas do mosquito que porventura tenham sido depositadas na água é de 0,1% do volume total, ou seja, um mililitro para cada litro de água. O cloro é muito eficiente, pois tem ação mortal sobre as larvas, impedindo o seu desenvolvimento, mas precisa ser aplicado na medida certa para ser efetivo", afirma Élio Daines Schneider diretor de empresa especializada na construção e manutenção de piscinas.
Outro ponto a ser considerado seriamente, diz respeito à necessidade de reaplicação do produto periodicamente. "O tratamento com cloro tem prazo de duração, ou seja, o produto precisa ser reaplicado para garantir a sua eficácia. O ideal nesse caso é solicitar sempre orientação técnica em lojas especializadas em piscinas", acrescenta o diretor.
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"Piscinas rasas ou com escadas são as mais propícias para o desenvolvimento das larvas do mosquito, pois elas costumam descer até o fundo para se alimentar e em piscinas profundas não resistem à pressão e morrem", explica Schneider. Piscinas abandonadas ou mantidas com água pela metade também oferecem riscos e precisam ser monitoradas.
Graças ao avanço da tecnologia, existem no mercado equipamentos que geram automaticamente o cloro por meio da adição de sal na água. "Piscinas com essa tecnologia não correm risco de terem larvas na água. Mesmo assim, é importante realizar periodicamente uma limpeza nas bordas com uma bucha ou escova", finaliza.