Corpo & Mente

Pintas no corpo podem evoluir para câncer de pele

10 mai 2012 às 14:34

Personalidades como as apresentadoras Angélica e Sabrina Sato e as atrizes americanas Marilyn Monroe e Cindy Crawford, além de serem ícones de sensualidade e sucesso em suas respectivas carreiras, têm algo em comum: as pintas. Muitas vezes sinônimo de charme e beleza, as famosas manchinhas na pele podem significar problemas mais sérios que exigem avaliações especializadas.

Aqueles que possuem uma elevada quantidade de pintas devem estar atentos e consultar um dermatologista com regularidade. "Os nevos melanocíticos, conhecidos como pintas ou sinais, são manchas ou pequenas elevações na pele que variam de cores, do castanho claro a bem escuro, por vezes podendo ter mais de uma cor. O tamanho pode variar bastante e surgem por uma tendência individual genética", diz o Dr. Gustavo Alonso Pereira, médico coordenador do serviço de dermatologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ICESP.


De tons variados, alto relevo e com formas assimétricas, as pintas podem ser sinais de lesões graves. Segundo o médico, estas manchinhas e elevações na pele não são cancerígenas, mas existe a possibilidade de se converter em um câncer. "Os nevos melanocíticos são considerados como potenciais precursores, isto é, podem se transformar em um melanoma (câncer) e até como marcadores de risco para a doença", ressalta.


Normalmente, o tratamento é realizado por meio de uma pequena cirurgia com anestesia local, feita no próprio consultório do médico. De acordo com o especialista, o número de pintas aumenta gradativamente até por volta dos 30 anos, "dependendo de diversos fatores, mas o mais importante é a exposição solar". A partir desta idade, o número tende a ficar estável até os 50 anos, quando começa a diminuir lentamente.


O dermatologista alerta que geralmente é difícil diferenciar uma pinta benigna de um melanoma. Por isso, "todos os sinais suspeitos devem ser sempre examinados. Quando houver dúvida, deve ser removida e enviada para análise", completa.


Prevenção e cuidados


A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que todas as medidas de proteção sejam adotadas quando houver exposição ao sol, com o uso de chapéus e de camisetas para ajudar a bloquear os raios ultravioleta. A utilização de protetores solares apropriados ao tipo de pele do indivíduo é fundamental, devendo ser usado em todas as partes do corpo expostas ao sol e reaplicado a cada 3 horas.

Segundo o Dr. Gustavo Alonso Pereira a utilização de barracas e tendas na praia requer atenção, sendo que precisam ser fabricadas com material resistente para evitar aborrecimentos futuros. "Devem ser feitas de algodão ou lona, pois estas absorvem 50% da radiação ultravioleta. As feitas de nylon formam uma barreira pouco confiável e cerca de 95% ultrapassam o material", conclui.


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